A operação de liquidação deve resultar em um dos maiores reembolsos da história do Fundo Garantidor, estimado em cerca de R$ 41 bilhões a até R$ 49 bilhões FOTO: Pixabay

A EFB Regimes Especiais e Empresas, liquidante do Banco Master, informou, nesta semana, que o processo para creditar valores a investidores e depositantes continua em curso, mas sem uma data específica para o início dos pagamentos.

O processo inclui a consolidação e validação de todas as relações de credores do Banco Master e de afiliadas como o Banco Master de Investimento e o Banco Letsbank, em conjunto com o Fundo Garantidor de Créditos (FGC). Esse levantamento técnico é pré-requisito para que o FGC inicie os ressarcimentos previstos pela garantia, que pode alcançar até R$ 250 mil por CPF ou CNPJ coberto.

Segundo apurações de outros mercados, a operação de liquidação deve resultar em um dos maiores reembolsos da história do Fundo Garantidor, estimado em cerca de R$ 41 bilhões a até R$ 49 bilhões, abrangendo aproximadamente 1,6 milhão de clientes com ativos elegíveis à cobertura do FGC — valores que incluem depósitos e títulos como CDBs.

A nota reafirma que o trâmite exige “análises técnicas e cruzamento de informações decorrentes do modelo operacional” das instituições sob liquidação, e que as instruções detalhadas para os pedidos de pagamento serão divulgadas “oportunamente”.

Para que o FGC comece a fazer os pagamentos, o liquidante precisa antes entregar uma lista completa de credores e dos valores devidos, etapa que ainda não foi concluída e que deve estender o início dos desembolsos para 2026 em vez de 2025.

Esse ritmo reflete a complexidade do caso, em que a intervenção e a liquidação foram decretadas em novembro pelo Banco Central após apurações sobre falhas graves na gestão da instituição. Embora o processo esteja em andamento, a ausência de uma data firme para o pagamento mantém a incerteza para investidores e depositantes afetados.