
Conflito no Oriente
Agência atômica da ONU convoca reunião de emergência após ataque dos Estados Unidos ao Irã
Por Aflaudisio Dantas - Em 23/06/2025 às 12:10 AM

Diretoria da AIEA diz que precisa que o fim das hostilidades ocorra para realizar a inspeção com segurança Foto: reprodução ONU/AIEA
O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Mariano Grossi, informou, neste domingo (22),que convocou uma reunião de emergência para a manhã desta segunda-feira (23) com os membros da entidade para continuar o exame das instalações nucleares do Irã.
“O regime de não proliferação [de armas] nuclear, que tem sido o passe de segurança internacional durante mais de meio século, está em jogo”, declarou o diretor argentino. Ele contextualizou a situação após os ataques aéreos dos Estados Unidos às instalações nucleares do Irã, na noite de sábado (21), que podem gerar a possibilidade de agravamento e ampliação do conflito na região, prevê a autoridade.
Inspeções
O diretor-geral da AIEA enfatizou que os técnicos da agência internacional estão no Irã e devem fazer a inspeção em segurança das instalações nucleares do país para registrar a existência de urânio conforme as regras do acordo de não proliferação de armas nucleares. “Os inspetores da AIEA estão no Irã têm que fazer seu trabalho. E isto exige o cessar das hostilidades para que o Irã possa conduzir as equipes a diferentes lugares, em condições adequadas e necessárias de segurança e proteção.”
O diretor-geral da agência atômica destacou que é preciso verificar os danos dos ataques norte- americanos a localidades do país persa, que fazem enriquecimento de urânio: a usina nuclear de Fordow; os prédios e túneis de armazenamento de material enriquecido de Isfahan e a central de combustíveis da usina de Natanz.
A principal usina iraniana de enriquecimento de urânio é a Fordow, construída dentro de uma montanha. O diretor garantiu que os técnicos teriam condições de avaliar os danos subterrâneos às instalações nucleares de Fordow, após o bombardeio. Teerã, de sua parte, confirmou à AIEA, que os níveis de radiação nas três localidades não aumentaram até o momento.
(Agência Brasil)
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