CERIMÔNIA EM BRASÍLIA

Alexandre de Moraes assume nesta terça a presidência do TSE, com a missão de pacificar ânimos com as Forças Armadas

Por Marcelo - Em 16/08/2022 às 11:16 AM

Em meio a um cenário turbulento da política nacional, o ministro Alexandre de Moraes assume nesta terça-feira (16), durante cerimônia a ser realizada a partir das 19 horas, em Brasília, a presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O órgão é o responsável pela organização e a realização do pleito que acontecerá no próximo mês de outubro.

Alexandre de Moraes afirma que pretende defender a democracia                 Foto: Divulgação

Ele deve manter uma posição defendendo as urnas eletrônicas e contrária aos ataques que o sistema eletrônico de votação vem recebendo, questionando sua confiabilidade. Inclusive, na semana passada ele salientou que os defensores da democracia “não podem aceitar ataques covardes que pretendam corroer as bases da República”.

Moraes estava se referindo aos questionamentos realizados por representantes das Forças Armadas que fazem parte da Comissão de Transparência Eleitoral, uma das responsáveis pela fiscalização das Eleições 2022. Inclusive, um de seus integrantes, o coronel Ricardo Sant’Anna, foi afastado pelo ministro Edson Fachin, que hoje deixa a presidência do TSE. E essa medida gerou ainda mais acirramento com o Exército Brasileiro.

Alexandre de Moraes deverá presidir o TSE até junho de 2024, mas a sua missão inicial parece ser a mais espinhosa da gestão, ou seja, gerar a pacificação com os militares. Um ponto favorável a essa ação é que o ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira, sempre teve um relacionamento amistoso com Alexandre de Moraes, o que deve facilitar este movimento de melhor integração.

Dezenas de autoridades políticas brasileiras já confirmaram presença no evento, como o presidente Jair Bolsonaro, os ex-presidentes Lula, Dilma Rousseff e Michel Temer, além de 21 governadores, inclusive a chefe do Poder Executivo cearense, Izolda Cela. Também devem comparecer ao ato ministros do STF, do STJ e outras Cortes Superiores.

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