Anúncio ocorreu em cerimônia no Palácio da Abolição – Foto: Reprodução Instagram.

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha anunciou, nesta sexta-feira (4), repasse de R$ 362 milhões ao Governo do Ceará para fortalecer infraestrutura e ampliar atendimentos no sistema público de saúde. O investimento foi oficializado em cerimônia com a presença do ministro Camilo Santana, do governador Elmano de Freitas e do prefeito de Fortaleza, Evandro Leitão.

Como parte dos recursos, está prevista a abertura de 274 novos leitos na Santa Casa de Misericórdia de Fortaleza. 100 desses leitos já ficam disponíveis em agosto e outros 174 até o final de 2025. Atualmente, a unidade enfrenta dificuldades operacionais: cerca de 270 leitos, incluindo UTI, estão paralisados há aproximadamente 45 dias, e médicos locais registraram atrasos nos pagamentos.

Além disso, serão reforçados os hospitais “Frotinhas” e “Gonzaguinhas”, em Fortaleza, expandindo a capacidade de cirurgias em até 1.800 procedimentos por mês . No interior do estado, municípios como Itapipoca, Crateús, Sobral e Acaraú receberão obras em unidades hospitalares, seja construção, reforma ou ampliação.

Outra medida estratégica envolve a unificação da Central de Regulação de Leitos, que integrará as redes municipal e estadual de atendimento primário, secundário e terciário, facilitando o uso dos leitos disponíveis. A iniciativa visa otimizar a distribuição de pacientes, acelerar internações e reduzir tempos de espera.

Solenidade contou com participação dos ministros da Saúde e da Educação

O ministro Alexandre Padilha destacou a importância de investir na regulação dos equipamentos e na capacidade de atendimento do SUS em regiões críticas como o Ceará. Já o governador Elmano de Freitas ressaltou que os recursos representam “um passo fundamental para garantir acesso digno e ampliar a cobertura hospitalar”, valorizando o esforço integrado entre os diversos níveis de governo.

A Santa Casa, fundada em 1861 e patrimônio histórico tombado de Fortaleza, contabilizava cerca de 400 leitos em 2009, dos quais 280 eram do SUS, com 8.000 atendimentos de emergência mensais . O novo aporte visa reverter a recente paralisação e restabelecer sua capacidade plena, sobretudo nas alas críticas como a UTI.