Janeiro de 2026
Audiência na Itália sobre extradição de Carla Zambelli é adiada pela 3ª vez
Por Julia Fernandes Fraga - Em 18/12/2025 às 6:06 PM

Momento era para ter acontecido inicialmente em novembro. Foto: Mario Agra/Câmara dos Deputados
A Corte de Apelação de Roma adiou pela terceira vez, nesta quinta-feira (18), o julgamento que analisa o pedido de extradição da ex-deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) para o Brasil. A decisão atendeu a um pedido da defesa, e o caso deverá ser analisado em 20 de janeiro.
Trâmite na Itália
Na audiência prevista para esta quinta-feira, os magistrados iriam ouvir os advogados da ex-parlamentar e avaliar a documentação enviada na semana passada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, à Justiça italiana. Caso a extradição seja autorizada, Zambelli deverá cumprir pena na Penitenciária Feminina do Distrito Federal, conhecida como Colmeia.
Inicialmente, a sessão havia sido prevista para novembro e acabou postergada em razão de uma greve no Judiciário italiano. Depois, foi remarcada para o dia 4 deste mês, sendo adiada em seguida para o dia 18.
Processos em curso
Carla Zambelli foi condenada duas vezes pelo STF, sendo a 1ª a dez anos de prisão por invasão de sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e falsidade ideológica, em ação ligada ao hacker Walter Delgatti Neto; e a 2ª a cinco anos e três meses por porte ilegal de arma e constrangimento ilegal, com perda do mandato após o trânsito em julgado.
A deputada também enfrenta processo de cassação na Câmara. O relator na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Diego Garcia (Republicanos-PR), votou pelo indeferimento da perda imediata do mandato. Já o líder do PT, Lindbergh Farias (RJ), afirmou que acionará o STF para garantir o cumprimento da decisão judicial.
O ministro Alexandre de Moraes havia determinado que a Advocacia-Geral da União (AGU) solicitasse a extradição de Zambelli no curso do processo que tramita na Corte de Apelação de Roma.
Tanto a defesa quanto o Ministério Público italiano — que deu parecer favorável à extradição — poderão ainda recorrer à Corte de Cassação. A decisão final, porém, caberá ao Ministério da Justiça da Itália, governada pela primeira-ministra de extrema-direita, Giorgia Melloni.
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