
ATRITO DIPLOMÁTICO
Brasil contesta classificação de “risco médio” por desmatamento feita pela União Europeia
Por Redação - Em 24/05/2025 às 7:00 AM

Segundo o Itamaraty, a legislação europeia impõe exigências excessivas a países que, como o Brasil, praticam agricultura sustentável
O governo brasileiro reagiu com críticas nesta sexta-feira (23) à decisão da Comissão Europeia de classificar o país como de “risco médio” de desmatamento, conforme os critérios da nova lei antidesmatamento da União Europeia. O Ministério das Relações Exteriores considerou a medida desproporcional e preocupante.
Segundo o Itamaraty, a legislação europeia impõe exigências excessivas a países que, como o Brasil, praticam agricultura sustentável. O governo também questiona a metodologia usada pela UE, apontando contradições na forma como países tropicais — que preservam grandes áreas de floresta nativa — foram avaliados em relação a nações de clima temperado.
O Brasil anunciou que vai analisar detalhadamente os critérios e dados que fundamentaram a decisão europeia, avaliando possíveis impactos sobre seus produtores rurais, especialmente os de menor porte.
Queda no desmatamento e alerta em abril
Apesar da classificação europeia, o desmatamento na Amazônia caiu 5% entre agosto de 2024 e abril de 2025, totalizando 2.542 km² — o melhor índice desde 2016, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). No entanto, abril registrou um aumento isolado de 55% em relação ao mesmo mês do ano passado, o que motivou atenção especial do governo federal.
O Ministério do Meio Ambiente classificou o pico como atípico e levou o caso à Comissão Interministerial de Prevenção e Controle do Desmatamento. A prioridade agora é intensificar a fiscalização e manter a tendência de queda nos próximos meses.
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