NO COMANDO DO MEC

Camilo quer um grande pacto federativo para melhorar a educação em todo o País

Por Marcelo - Em 02/01/2023 às 1:53 PM

O senador eleito pelo Ceará, Camilo Santana, assumiu nesta segunda-feira (2), durante cerimônia realizada no auditório da sede do Ministério da Educação (MEC), em Brasília, o comando dessa importante instituição federal para a qual foi indicado pelo novo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. E prometeu não medir esforços para fazer com que a educação do Brasil tenha uma trajetória positiva e por meio de um grande pacto federativo.

Camilo Santana discursa ao assumir o comando do MEC                   Foto: Reprodução/TV Brasil

Em seu discurso inicial, além de saudar a todos os professores e professoras do Brasil, reitores e reitoras de universidades, cumprimentou parlamentares cearenses que estiveram prestigiando o evento, como o senador Cid Gomes, os deputados federais Mauro Filho, Eduardo Bismarck, José Guimarães, Robério Monteiro (novo secretário de Recursos Hídricos do governo Elmano de Freitas) e Idilvan Alencar; o presidente da Assembleia Legislativa do Ceará, Evandro Leitão; o governador do Ceará, Elmano de Freitas; a ministra Kátia Arruda, representando o presidente Lula; sua esposa Onélia Santana e os filhos, além de todos os parlamentares e demais autoridades presentes.

É com muita honra e senso de responsabilidade, que inicio hoje essa nobre missão dada pelo presidente Lula, de ajudar a resgatar a educação do nosso País. Vivemos recentemente tempos muito sombrios, onde o Brasil foi violentamente negligenciado, nas suas mais importantes áreas, e a educação, sem dúvida, foi uma das mais atingidas. O que é mais valioso para qualquer nação se desenvolver, que é priorizar a educação de seu povo, foi tratado como subproduto, trazendo prejuízos imensuráveis para milhões de crianças e jovens desse País”, afirmou.

Prioridade absoluta

Destacou também que se impõe uma prioridade absoluta no Brasil, para garantir a alfabetização das crianças na idade certa, assegurando as condições necessárias para que elas possam aprender os conteúdos de cada ano. “Prioridade essa já destacada como compromisso pelo nosso presidente Lula. É necessária a recuperação da visão sistêmica da nossa educação, que vai da creche à pós-graduação. E para isso precisamos fortalecer o regime de colaboração, em um grande pacto federativo pela educação”, ressaltou Camilo.

Lembrou que o Governo Federal precisa estar junto de estados e municípios nessa luta pela melhoria da educação brasileira. “No Ceará, minha terra, temos feito um trabalho permanente desde 2007, iniciado pelo então governador Cid Ferreira Gomes, hoje senador, e continuado por mim e nossa querida Izolda, de parceria permanente com os municípios. Criamos o Paic – Programa de Alfabetização na Idade Certa, apoiando diretamente a educação nos municípios. e ampliamos até o nono ano com o Mais Paic. Resultado disso é que o Ceará alcançou o primeiro lugar no Ideb nas séries finais do Ensino Fundamental, e segundo das séries iniciais. Das 100 melhores escolas públicas do País, do 1º ao 5º ano, 87 são do Estado do Ceará. E do 6º ao 9º ano, 70 são cearenses“, salientou.

Jade Romero, Camilo Santana e Elmano de Freitas, em Brasília

Disse que o resultado desse apoio nos anos iniciais, já estão chegando ao Ensino Médio, pois o Ceará já ocupa a terceira colocação no Brasil, com 23 das 100 melhores escolas públicas dessa faixa de ensino. “Tudo é fruto de um trabalho pactuado, continuado, meritocrático, construído por várias mãos, num esforço de professores, alunos, diretores, coordenadores, secretários de educação, prefeito e muitos outros. Mas para isso, é preciso decisão política, como você teve lá atrás, Cid, e cuja sequência foi fundamental para os resultados alcançados. Alguns estados já começaram a seguir esse modelo, mas o que precisamos agora é ampliar essa experiência para todas as 27 unidades da Federação”.

E lembrou ser preciso ampliar o Ensino de Tempo Integral, que na sua opinião é uma das mais importantes políticas de prevenção social, com várias experiências exitosas em muitos estados, como Pernambuco, Espírito Santo e o Ceará. “Essa deve ser uma política nacional e o que queremos é uma escola não apenas com mais tempo para o aluno, mas uma escola que seja atrativa, criativa, que desperte as habilidades dos nossos alunos e os prepare para as oportunidades da vida”, ressaltou Camilo Santana.

Ampliar o acesso de alunos e professores à tecnologia e à conectividade, para auxiliar a educação e reduzir as grandes disparidades de estado para estado. E que é preciso reforçar o Ensino Superior. “Para isso, pretendemos reforçar o orçamento das nossas universidades, que foram sucateadas no último governo, com uma visão equivocada, distorcida e de viés ideológico. A universidade precisa ser espaço democrático, livre, que estimule a criatividade, a liberdade de expressão e um olhar de mundo mais solidário e humano”, explicou.

E para isso, algumas medidas já estão sendo implementadas. “O trabalho começa já. Estou determinando um estudo para a retomada de todas as obras de creches, escolas e outros equipamentos paralisados por todo o País, por falta de repasses de recursos federais; faremos de imediato um plano para recuperar a qualidade da merenda escolar das escolas públicas de todo o País; vamos recuperar a credibilidade do Enem; um plano de retomada do Fies e do ProUni para nossos jovens; mais investimentos em ciência e tecnologia; fortalecimento da autonomia das nossas universidades; valorização dos nossos profissionais da educação. Temos muito trabalho pela frente, estarei sempre aberto ao diálogo franco e respeitoso com todos e todas. Iremos enfrentar os problemas e construir as soluções juntos, é assim que sempre busquei trabalhar, pois é nisso que acredito. E sigo as orientações de nosso líder maior, o presidente Lula, a quem agradeço a confiança para comandar uma missão tão honrosa”, completou Camilo Santana, agradecendo também todo o apoio do ex-secretário-chefe da Casa Civil, Chagas Vieira, o senador Júlio Ventura e a futura presidente do Fundo Nacional da Educação (FNE), Fernanda Pacobahyba.

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