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Carmelo Neto denuncia Sarto à Comissão Interamericana de Direitos Humanos por ‘colapso na saúde’ em Fortaleza

Por Deusdedit Neto - Em 03/05/2023 às 7:40 PM

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A denúncia possui mais de 500 páginas, de acordo com o parlamentar. Foto: Divulgação / Ascom Carmelo Neto

O deputado estadual Carmelo Neto (PL) denunciou o prefeito de Fortaleza, José Sarto (PDT), à Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA). Na denúncia – que possui mais de 500 páginas -, o parlamentar apontou violações aos direitos humanos cometidos pelo gestor, em razão – conforme Carmelo relatou – da situação da saúde pública em Fortaleza, em que das nove unidades de emergência, cinco foram fechadas pela Prefeitura.

Ele realizou na manhã desta quarta-feira, 3, coletiva de imprensa na Assembleia Legislativa do Ceará (Alece), onde elencou alguns pontos da denúncia feita junto a OEA. “Nós temos um terceiro ano de gestão do prefeito Sarto e digo com muita tranquilidade que o problema não é dinheiro, o problema é prioridade. A gestão tem um orçamento bilionário e o que falta é prioridade nesse recurso público. Até porque a Prefeitura estava bancando e já tinha aquela estrutura hospitalar atendendo essas pessoas. A partir do momento que a prefeitura fecha, põe abaixo uma estrutura hospitalar e não oferece alternativa para que a população busque um atendimento em outro hospital, em um outro posto de saúde equivalente ao que tinha, nesse caso, tem dolo, tem responsabilidade”, criticou o parlamentar.

Conforme o deputado, o prefeito Sarto realizou nos últimos dois anos uma sequência de decisões equivocadas e ineficazes que se traduziram em verdadeiros prejuízos à saúde da população fortalezense. Dentre as ações que levaram ao ‘colapso na saúde’ da Capital, Carmelo destaca a demolição do Hospital Distrital Gonzaga Mota, na Messejana. Ele onde pontua que não houve uma audiência pública amplamente divulgada, e os próprios médicos da unidade hospitalar narraram que não possuíam nenhuma informação prévia sobre tal demolição.

Outro ponto foi o fechamento das emergências dos Hospitais Gonzaguinha da Barra do Ceará, de Messejana e do José Walter, bem como o Hospital Maternidade Nossa Senhora da Conceição, no Conjunto Ceará. Além disso, ele cita como justificativa as greves dos profissionais de saúde, demissão e troca constante dos Secretários de Saúde do Município de Fortaleza, e contínuas “arbitrariedades também refletem na piora dos serviços públicos”.

“Os fatos são graves, atingem diretamente a vida das pessoas e é com tristeza que a gente se depara com tudo isso. É uma denúncia de mais de 500 páginas, com provas robustas do dolo, da responsabilidade do prefeito de Fortaleza, diante do caos que vive a cidade da Fortaleza”, pontuou o parlamentar na coletiva.

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