Indicação em aberto

Cármen Lúcia defende mais mulheres no STF, mas evita falar sobre sucessão de Barroso

Por Julia Fernandes Fraga - Em 17/10/2025 às 12:27 PM

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Única ministra do STF, Cármen Lúcia defende presença feminina nas cortes brasileiras. Foto: Gustavo Moreno/STF

A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia afirmou, na noite dessa quinta-feira (16), que não fará um pedido direto ao presidente da República em relação à escolha do novo integrante da Corte, após a aposentadoria antecipada do ministro Luís Roberto Barroso.

Durante evento em São Paulo, a ministra reiterou sua posição sobre a importância da presença de mais mulheres no Supremo, mas destacou que não se manifestaria especificamente sobre o caso.

“Eu não posso me manifestar por uma coisa que é da minha casa. Se eu fizer um pedido dirigido ao presidente da República, amanhã ele pode pedir alguma coisa à juíza”, explicou.

Cármen Lúcia acrescentou ainda que “todos sabem a minha posição sobre a questão das mulheres [no STF], mas não [falo] em específico. Juiz não pede porque não pode receber, na minha compreensão”, enfatizou a ministra.

As declarações da também presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) foram dadas após questionamentos sobre a possibilidade de a vaga deixada por Barroso ser ocupada por uma mulher.

18 de outubro: vaga aberta

A aposentadoria antecipada do ministro Luís Roberto Barroso foi publicada na quarta-feira (15) no Diário Oficial da União, com efeito definitivo a partir deste sábado (18).

Ministro Luís Roberto Barroso anuncia aposentadoria do STF após 12 anos de atuação

Com a saída, cabe ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) indicar o novo ministro do Supremo. Desde a confirmação da aposentadoria de Barroso, começaram a circular nomes cotados para a vaga, dentre eles:

> Jorge Messias, AGU;

> Rodrigo Pacheco, senador (PSD-MG);

> Daniela Teixeira, ministra do STJ;

> Maria Elizabeth Rocha, ministra e presidente do STM;

> Bruno Dantas, ministro do TCU.

A ideia que circula é a de que a escolha de Lula deverá ser rápida, com Messias e Pacheco sendo os favoritos, mas não há prazo definido para a nomeação. 

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