A co-fundadora do grupo ‘Mulheres do Mercado’ (MdM), executiva do setor financeiro Carolina Ragazzi, esteve reunida nesta quarta-feira (11), com a titular do Ministério do Planejamento e Orçamento (MPO), Simone Tebet, na sede do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), em São Paulo.  Depois de uma solenidade sobre as sugestões do grupo de executivas brasileiras ao Plano Plurianual (PPA) 2024-2027, as duas conversaram sobre diversos temas relevantes, principalmente no que diz respeito a garantir a autonomia econômica das mulheres, reduzir desigualdades e que elas possam viver sem violência.

Simone Tebet e Carolina Ragazzi conversaram por mais de uma hora

No início do ano a ministra Simone Tebet se comprometeu a abordar as cinco temáticas principais de forma transversal, que são: crianças e adolescentes, mulheres, igualdade racial, povos indígenas e meio ambiente. “Tivemos um encontro com a ministra Simone Tebet aqui em São Paulo. Foi uma cerimônia de agradecimento acerca da nossa contribuição ao PPA 2024-2027 na ótica de igualdade de gênero. Dentre as decisões já aprovadas na Câmara Federal e sancionada pelo presidente Lula, está a cota mínima de 30% da participação de mulheres nos Conselhos de Administração das empresas públicas e de capital misto, percentual esse que deve ser gradativo e pode até atingir a marca dos 50%, ou seja, a igualdade”, afirma Carolina.

A executiva destacou que foi um encontro muito bacana, pois passaram mais de uma hora conversando, afinal, especialmente na questão das mulheres, desde o tempo da escola é preciso estimular as meninas a desenvolverem atividades mais competitivas, a fim de que elas possam ingressar no mercado de trabalho de forma mais ativa. E e os meninos a se envolverem nas atividades mais voltadas ao cuidado com a família, para dividirem as tarefas domésticas. A fim de que quando forem adultos, possam, juntos, cuidar do ambiente familiar e também trabalhar.

Ela ressaltou que o padrão das mulheres já vem mudando há muitos anos, particimante desde a II Guerra Mundial. “Mas é preciso fazer com que os homens possam mudar suas ações e atitudes, levando em consideração a questão do cuidado com a família. Essa transformação não pode acontecer de forma exclusiva ao papel da mulher no ambiente de trabalho, mas precisa abranger os homens também. Não é uma revolução feminista, mas humanitária. É um reequilíbrio da organização das famílias”, destaca a co-fundadora do ‘MdM’.

E salientou que toda essa dificuldade que as mulheres enfrentam no dia a dia do mundo corporativo, a ministra Simone Tebet também enfrentou os alguns problemas no ambiente político. “Ao se tornar a primeira mulher a concorrer à presidência do Senado Federal, enfrentou resistências entre seus próprios pares. Mas acabou abrindo caminho para que outras mulheres possam concorrer a este cargo tão relevante na vida política do País”, completa Carolina Raggazzi.