O senador da República pelo Ceará alega que não falou “nada de polêmico” em entrevista ao podcast As Cunhãs. (Foto: Divulgação / Agência Senado)

O senador Cid Gomes (PDT) disse nesta quinta-feira, 2, em visita à Assembleia Legislativa do Ceará (Alece) que não tem intenção de deixar o PDT. Conforme o pedetista, sua intenção é fortalecer o partido brizolista no Ceará. A declaração do ex-governador do Ceará ocorre para tentar colocar panos quentes no descontentamento de seus correligionários depois de Cid ter citado o prefeito de Fortaleza, José Sarto (PDT), em entrevista ao podcast As Cunhãs, ao ar na terça-feira, 28.

Na ocasião, ele havia dito que as ações da prefeitura não deveriam ficar apenas “na Aldeota”, fala que não repercutiu bem nos bastidores do partido. Em entrevista ao Diário do Nordeste, Cid alega que não falou “nada de polêmico”, nem “nada que não seja para mim a expressão mais legítima da verdade” e recomendou aos críticos assistirem a entrevista concedida.

“Eu recomendo a quem criticou a minha entrevista, a assistir a entrevista. Veja se eu fiz alguma crítica ao Sarto, ao contrário. Ele não me pede conselho de perto, eu tô procurando dar conselho de longe. Conselho dá quem quer, recebe quem quiser. Se fosse obrigado (seguir), a gente não dava, a gente vendia”, comentou o senador à reportagem.

Política de Avestruz

Ainda durante conversa no podcast As Cunhãs, Cid comentou como ocorreu o processo de escolha do representante do PDT para concorrer às eleições do ano passado, pleito vencido pelo atual governador do Estado, Elmano Freitas (PT).

“O PDT colocou quatro nomes. Camilo ofereceu ao PDT a escolha de um nome o que era muito bom porque o PDT manteria o governo. O Ciro queria forçar a candidatura do Roberto Cláudio e curvou. Fiz política de avestruz, enterrei a cabeça diante do perigo”, declarou.