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Danilo Forte diz que direção do União Brasil não dialogou sobre indicação de ministros: “Uma coisa de cima pra baixo, e de fora pra dentro”

Por Deusdedit Neto - Em 19/04/2023 às 3:07 PM

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Foto: Divulgação / Câmara dos Deputados

O deputado federal cearense, Danilo Forte (União Brasil), comentou as recente movimentações do União Brasil no cenário nacional. Ele avaliou que a vivência do partido precisa ser feita com “diálogo e paciência”, visto que os parlamentares filiados a legenda são “pessoas pensantes” e “líderes políticos”, não “soldados diante de um general”, e também afirmou que não houve nenhum tipo de reunião partidária para definir nomes de possíveis ministros, quando a sigla foi convidada a integrar a base do governo Lula (PT).

“É partido, né? Não é inteiro. A vivência de um partido requer muito diálogo, muita paciência. É preciso ter muita credibilidade dos líderes partidários com relação ao comando da tropa. São pessoas pensantes, são líderes políticos. Não são, ali hierarquicamente, soldados diante de um general, de um comandante de tropa. Pelo contrário, você precisa ter ali a convivência, do diálogo, discutir os problemas, ver a questão de cada estado. Os estados precisam ter autonomia na gestão do partido, porque é no estado que se sabe o que é melhor para lançar candidato A ou candidato B, para poder fortalecer o partido”, declarou o deputado cearense.

Presidido pelo deputado federal Luciano Bivar, o União Brasil nasceu após a fusão entre Partido Social Liberal (PSL) e Democratas (DEM), siglas que possuiam posicionamento histórico mais à direita. Bivar, inclusive, foi o responsável por convidar o ex-presidente Jair Bolsonaro, hoje no PL, para em 2018 concorrer à presidência da República pelo PSL, no pleito que saiu vitorioso. Entretanto, com a vitória de Lula em 2022, Bivar iniciou tratativas para que o União fizesse parte da base do governo, fato que desagradou alguns dos filiados, especialmente os mais conservadores e ligados a Bolsonaro.

Como resultado, o União Brasil passou a ter três ministérios no Governo Lula: Turismo (com a deputada Daniela Carneiro), Comunicações (com o deputado Juscelino Filho) e Integração e Desenvolvimento Regional. Danilo pontuou que faltou diálogo da direção do partido e tal fator ocasionou em brigas dentro da legenda. “E isso repercute negativamente pra imagem do partido. Você vê na própria composição dos ministérios, não teve convenção partidária, nem reunião da bancada da Câmara, nem do Senado; nem da direção do partido para indicar quem seriam os representantes dentro da formação do governo Lula”, revelou.

“Uma coisa de cima pra baixo, e de fora pra dentro. Isso foi uma coisa que incomodou muito internamente. E agora, pra surpresa de todo mundo, aqueles que bancaram a indicação da deputada Daniela (Carneiro) para ministra, são exatamente os que estão brigando com o grupo do Rio (parlamentares) e da Daniela. O que é lamentável isso é ruim pra imagem do partido como um todo e a nível nacional.” As informações são da Globo News.

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