Em prestigiada solenidade que contou com as presenças da embaixadora dos Estados Unidos no Brasil, Elizabeth Frawley Bagley e da cônsul-geral dos Estados Unidos em Recife, May Baptista, a desembargadora federal Joana Carolina Lins Pereira recebeu o prêmio ‘Mulheres Brasileiras que Fazem a Diferença 2024’. O evento foi realizado nesta sexta-feira (5), na sede da Justiça Federal em Fortaleza, no qual também esteve presente o desembargador federal Leonardo Carvalho, corregedor-regional do Tribunal Regional Federal da 5ª Região, representando o presidente do TRF5 Fernando Braga Damasceno.

Joana Carolina recebe a homenagem da embaixadora Elizabeth Bagley

Promovida pela Embaixada e os Consulados dos Estados Unidos no Brasil, a premiação comemora os 200 anos de relações diplomáticas entre os dois países e, em seu discurso, a embaixadora norte-americana destacou ter conhecido Joana Carolina há um ano, em Recife. Esse encontro aconteceu durante a entrega desta mesma premiação em 2023, e a diplomata salientou ter sido uma inspiração ouvir sobre o trabalho que desembargadora faz para ampliar o acesso à Justiça no Brasil.

“Tenho orgulho em oferecer este prestigioso prêmio para a desembargadora Joana Carolina, reconhecendo suas contribuições na longa carreira e por ser uma fonte de inspiração a tantas mulheres na sociedade. Desembargadora Joana Carolina, hoje você se junta ao grupo de elite das mulheres reconhecidas no Brasil este ano. Em nome da Embaixada e Consulados dos Estados Unidos no Brasil, tenho a honra de entregar o prêmio ‘Mulheres Brasileiras que Fazem a Diferença 2024’ na Região Nordeste para a desembargadora Joana Carolina Lins Pereira”, ressalta a embaixadora Elizabeth Bagley.

Já a cônsul-geral dos EUA em Recife, May Baptista, também afirmou estar envaidecida por prestar uma homenagem tão importante a uma mulher que se destaca na Justiça Federal brasileira. “Em nome da Embaixada e do Consulado dos Estados Unidos em Recife, estamos orgulhosos desse prêmio que entregamos à desembargadora Joana Carolina, ganhadora do ‘Mulheres Brasileiras que Fazem a Diferença 2024’, que é tão importante para o governo dos Estados Unidos. Principalmente neste ano em que celebramos o bicentenário de relações diplomáticas entre nossos países, é uma honra estar aqui, pois estamos trabalhando juntos”, pontua.

Emoção

Emocionada, a desembargadora iniciou seu discurso destacando que o Judiciário está se tornando mais feminino e plural”, afirma. Citou uma decisão da Suprema Corte dos Estados Unidos, que acatou ainda na década de 70, que o corpo de jurados deveria ter mulheres em sua composição, de modo a ser considerado representativo da comunidade.

Fernando Amorim,  o filho Henrique e Joana Carolina, com Elizabeth Bagley, durante a entrega da premiação

Ressaltou, também, a contribuição que seus pais – Tarcísio Pereira e Letícia Lins -, tiveram na sua formação, em especial o amor aos livros, a perseverança e a resiliência, e a curiosidade de aprender coisas novas. Falou com orgulho de seu marido, Fernando Amorim, e dos três filhos. “Nos conhecemos aos 17 anos e nosso amor, respeito e admiração mútuos só fazem aumentar. Construímos uma família maravilhosa, com três filhos – Henrique,que está aqui, e os gêmeos César e Alice, que ficaram em Recife porque estão em aula. Fernando é a pessoa mais objetiva e pragmática que já conheci. Um verdadeiro empreendedor e, com ele, aprendi a nunca criar dificuldade. Todos eles, meus pais, meu marido têm em comum, tal como eu, o amor ao trabalho e de querer ajudar no progresso do nosso País”, salienta Joana Carolina.

Na sequência a desembargadora federal agradeceu, em inglês, o prêmio da Embaixada e Consulados dos Estados Unidos no Brasil, que teve a grande honra de receber, do fundo do seu coração, dirigindo-se à embaixadora Elizabeth Bagley. “Agradeço também à Justiça Federal no Ceará, e o faço na pessoa da querida diretora do Foro, a juíza federal Gisele Chaves, que se dispôs prontamente a realizar este evento e pensou nos seus mínimos detalhes”.

Homenageou

May Baptista, Elizabeth Bagley, Leonardo Carvalho, Joana Carolina e Gisele Sampaio na solenidade

Em seguida, rendeu uma importante homenagem a três mulheres que viveram no Ceará, foram pioneiras e tiveram um protagonismo no empoderamento feminino há décadas: Bárbara de Alencar, que teve participação relevante na Revolução Pernambucana e foi a primeira mulher presa política do Brasil; a juíza federal Débora de Aguiar da Silva Santos, que foi magistrada na Justiça Federal no Ceará e faleceu precocemente, e a escritora Rachel de Queiroz, primeira representante do sexo feminino a ingressar na Academia Brasileira de Letras.

Ao final,  acentuou que para fazer a diferença, “é preciso trabalhar com entusiasmo e se esforçar para fazer sempre o melhor que você puder”, completa Joana Carolina.