Deputado estadual

Guilherme Bismarck defende eleições gerais, prorrogação de mandato do presidente Lula e ampla Reforma Política

Por Deusdedit Neto - Em 05/09/2023 às 7:40 PM

Guilherme Bismarck

Foto: Portal IN

Começar a debater a Reforma Política já e alongar mandatos para coincidir as eleições para prefeitos, governadores, deputados, senadores, vereadores e presidente; acabar com a reeleição; rediscutir o financiamento público de campanhas e adotar o voto distrital. Estes pontos foram defendidos pelo deputado estadual Guilherme Bismarck (PDT) em discurso na tribuna da Assembleia Legislativa do Ceará (Alece) nesta terça-feira, 5.

Na sua avaliação, é necessário alongar o atual mandato presidencial, iniciado em 2022, até o ano de 2028, além dos mandatos dos atuais deputados, governadores e de dois terços dos senadores, que concluem seus mandatos em 2026. As eleições de 2024 com escolha de vereadores e prefeitos estão mantidas na sua proposta.

“Acredito que Lula é o único capaz de colocar isso em pauta, negociar com o congresso e emendar a eleição em 28. Defendo que Lula fique seis anos na presidência”, afirmou o parlamentar.

O pedetista vê Lula como o único nome capaz de liderar este processo, principalmente após a articulação já demonstrada na recente aprovação da Reforma Tributária. “O presidente Lula mostrou sua altivez, força política e capacidade de negociação para aprovar uma reforma tributária há anos discutida no país. Lula é a única pessoa capaz de sentar na mesa e unir todos os interesses institucionais e discutir a Reforma Política”, justificou.

Durante a sua defesa da Reforma Política, Guilherme sustentou que o intervalo de um ano entre as disputas eleitorais acaba por gerar mais instabilidade nos municípios, pois os grupos políticos vencedores do pleito anterior precisam, além de administrar as cidades, lidar com as disputas políticas que se desenham para a disputa do ano seguinte.

Na sua avaliação, este cenário tem piorado com o advento das fake news, classificadas por ele como “máquinas de destruição nas redes sociais da moralidade das instituições”.

O deputado também ponderou que o intervalo entre as eleições acaba criando um clima de disputa acirrada nos municípios e prejudicando a efetividade das políticas públicas, gerando desgaste na população: “temos eleições ano sim e ano não e o ano não é sempre pré eleitoral, desgasta a população, a economia das cidades e a instabilidade reina”, afirmou.

“Mandatos de cinco anos sem reeleição dão estabilidade para prefeitos e deputados para trabalharem de fato com o que a população anseia, com projetos estruturantes, projetos a longo prazo, projetos de estado, e não eleitorais”, completou.

Além de poder estancar a instabilidade criada nos anos entre eleições, a Reforma Política também pode melhorar a representatividade de cada região por meio do voto distrital “e dar mais equilíbrio”, alega Guilherme Bismarck. Assim, cada região teria direito a eleger o seu representante, a partir de um cálculo a ser definido com base em área territorial e quantidade de habitantes. Eleito com votos concentrados em Aracati, Litoral Leste e no Vale do Jaguaribe, o parlamentar usou o exemplo a sua região, que possui apenas quatro deputados na atual legislatura.

Outro ponto defendido na tribuna é o financiamento público de campanhas eleitorais. Para o parlamentar, com a unificação do calendário eleitoral, também será possível reavaliar o financiamento público de campanhas, gerando economia para os cofres públicos.

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