INVESTIMENTO DE 5 BILHÕES DE EUROS

Investidor internacional afirma que o Ceará vai ser a OPEP das energias limpas

Por Marcelo - Em 07/02/2022 às 8:06 PM

O Ceará deverá receber em sua Zona de Processamento e Exportação mais um empreendimento para produção de hidrogênio e oxigênio verdes, representando um investimento de 5 bilhões de euros, ou aproximadamente R$ 30 bilhões. Foi assinado nesta segunda-feira (7), entre o Governo do Ceará e a empresa Cactus Energia Verde o 15º memorando de entendimento com essa finalidade. A planta de produção da Cactus, com previsão de construção para início de 2023, terá capacidade para produzir 10.500 toneladas de hidrogênio e 5.250 toneladas de oxigênio verde por mês.

Cactus Energia Verde investirá R$ 30 bilhões no Complexo do Pecém               Foto: Divulgação

O Ceará vem se destacando por seus potenciais naturais e a infraestrutura criada para melhorar o campo dos negócios. Luís Eugênio Pontes, chefe executivo da Cactus e presidente do Parque Fotovoltaico Uruquê, falou sobre a conversa que teve com um grande investidor internacional, a respeito da imagem do Estado para o setor. “Essa semana tive um contato com um canadense que representa um dos maiores fundos de investimento em energias renováveis e ouvi uma frase muito interessante dizendo que o Ceará ‘vai ser a OPEP das energias renováveis e limpas’. Fiquei surpreso e questionei ao que ele atribui isso. Ele falou do Porto do Pecém, da distância para a Europa, a questão das terras e o modelo de gestão do governador Camilo Santana. Achei muito expressivo e a gente fica muito seguro e honrado de participar desse momento”, comentou o empresário.

A Cactus Energia Verde deve ser instalada na ZPE Ceará, dentro do Complexo do Pecém, em uma área de até 250 hectares, e deverá gerar 5.000 empregos diretos durante sua construção e manutenção, bem como 600 postos de trabalho em sua fase de operação. “Essa tem sido uma grande estratégia que o Ceará tem partido na frente. O maior objetivo de tudo isso é gerar oportunidade. Fazer com que nosso Estado possa crescer, se desenvolver e gerar empregos”, destacou Camilo Santana.

Para produzir o hidrogênio e o oxigênio verdes, a empresa vai utilizar 3,6 gigawatts (GW) de energia limpa de fontes renováveis, que terá como matriz a produção do Parque Fotovoltaico Uruquê, com capacidade para produzir 2,4 GW de energia, a ser instalado nos municípios de Jaguaretama e Umari, e o Parque Eólico Offshore (que também teve seu memorando de entendimento assinado), com potencial de produção de 1,2 GW de energia, localizado em Camocim.

De acordo com o secretário do Desenvolvimento Econômico e do Trabalho, Maia Júnior, o Ceará partiu na frente nessa caminhada pela mudança de matriz energética e que, consequentemente, vai mudar o perfil econômico do Estado. “Essa é uma notícia muito importante para todos nós, porque lideramos uma transição energética e estamos introduzindo na economia investimentos que vão gerar grandes oportunidades para os cearenses”, disse o titular da Sedet.

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