Por decisão da Comissão de Fiscalização do Diretório Estadual do PDT no Ceará, presidida por Ana Cristhina de Oliveira Brasil de Araújo, foi suspensa a propaganda eleitoral gratuita em rádio e televisão do candidato a deputado estadual Jeová Mota; bem como o repasse de recursos do Fundo Partidário e do Fundo Especial de Financiamento de Campanha a que teria direito, por suposta prática de insubordinação e infidelidade partidária, que se comprovada, poderá gerar sua expulsão do partido.

Jeová Mota teria cometido atos de infidelidade partidária e insubordinação     Foto: Divulgação

Além disso, o candidato à reeleição para o cargo de deputado estadual deverá se abster de participar de quaisquer ator de campanha eleitoral ou produzir material de campanha, impresso ou virtual, com candidatos que integram coligação estranha à integrada pelo PDT-CE – ‘Coligação do povo, pelo povo e para o povo’ -, formada também por PSD, PSB, PSM, Patriota, Agir, PMB, PSC e DC. “Sob pena de instauração de processo administrativo de expulsão do quadro de filiados do PDT-CE e consequente cancelamento do respectivo registro de candidatura para as Eleições 2022”, explica trecho da ata da reunião da comissão.

Ainda de acordo com o que foi apurado pelos integrantes da Comissão de Fiscalização, Jeová Mota teria realizado postagens em redes sociais com candidatos que não são filiados ao PDT ou aos partidos da ‘Coligação do povo, pelo povo e para o povo’, o que configura infidelidade partidária e desobediência a normas estatutárias, que inclusive a consideram de “gravidade extrema”, por não acatar as deliberações das convenções, dos diretórios e das executivas do partido, mesmo se delas não tiver participado.

Segundo denúncia da deputada Natália Soares Rios, além de estar realizando propaganda de candidatos de outras agremiações não coligadas ao PDT, Jeová Mota estaria omitindo em suas propagandas o nome da chapa majoritária pedetista, encabeçada por Roberto Cláudio. A decisão da Comissão de Fiscalização do Diretório Estadual cumpriu orientações da Comissão Nacional Especial de Fidelidade do PDT, dando a Jeová Mota o prazo de 48 horas para apresentar defesa escrita , sob pena de vir a ser expulso do partido.