
Multilateralismo
Lula pede fortalecimento da ONU durante encontro do G7
Por Aflaudisio Dantas - Em 18/06/2025 às 12:47 AM

Lula foi recebido pelo anfitrião do evento, o primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney Foto: Ricardo Stuckert/PR
Durante sua participação na Sessão Ampliada da Cúpula do G7 nesta terça-feira (17), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu um papel mais ativo da Organização das Nações Unidas (ONU) na mediação de crises internacionais. Para ele, a ausência de uma liderança clara no cenário global tem contribuído para o aumento dos conflitos armados.
Falando em Kananaskis, no Canadá, Lula reforçou que é hora de recuperar a capacidade da ONU de promover o diálogo e buscar soluções pacíficas. “O secretário-geral da ONU precisa reunir um grupo representativo de nações que realmente estejam comprometidas com a paz mundial”, afirmou o presidente brasileiro, ressaltando a importância da ONU como espaço legítimo de negociação e entendimento
Lula citou como exemplo a escalada de tensões entre Israel e Irã, alertando para o risco de o Oriente Médio se transformar em uma zona de guerra com efeitos imprevisíveis em escala global. Em relação ao conflito entre Rússia e Ucrânia, Lula reiterou que uma solução só será possível por meio da diplomacia e do diálogo direto entre as partes envolvidas.
O G7 reúne as principais economias industrializadas do mundo: Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido, além da União Europeia.
Brasil e a segurança energética mundial
No mesmo evento, Lula aproveitou para ressaltar o papel estratégico do Brasil no campo da segurança energética. Ele deixou claro, no entanto, que o país não permitirá a exploração predatória de seus recursos naturais, nem aceitará ficar restrito ao fornecimento de matérias-primas sem agregar valor.
O presidente enfatizou que as nações em desenvolvimento devem ter participação efetiva em todas as etapas das cadeias produtivas de minerais estratégicos. Lembrou ainda que o Brasil é detentor de grandes reservas de nióbio, níquel, grafita, terras raras, manganês e bauxita.
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