COBRANÇA MAIS JUSTA

Mauro Filho questiona pontos aprovados no Senado sobre a reforma tributária

Por Marcelo - Em 17/03/2022 às 4:34 PM

O deputado federal Mauro Benevides Filho (PDT-CE), destacou nesta quinta-feira (17) em suas redes sociais, que o Senado Federal votou ontem, na sua Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), um relatório que versa sobre a reforma tributária brasileira sob vários aspectos. E ele, assim que tomou conhecimento do fato, realizou um discurso inflamado no plenário da Câmara dos Deputados, questionando diversos pontos que foram relatados.

Mauro Filho pediu cautela aos colegas ao apreciar a matéria na Câmara            Foto: Portal IN

Principalmente porque a carga tributária nacional é de 32% do nosso Produto Interno Bruto (PIB), que ao seu ver é muito elevada. “Entre alguns pontos destaco tornar a cobrança de encargos mais justa para a maioria do povo brasileiro, como é o caso dos impostos que milionário não paga, nem no queijo suíço, nem no helicóptero, avião ou barco, nem sobre os dividendos que recebe das companhias. O assalariado paga Imposto de Renda na fonte, mas quem recebe R$ 500 milhões como dividendos, aqui no Brasil paga zero de Imposto de Renda”, afirmou.

Outro ponto que ressaltou é a possibilidade de aumentar a alíquota do ICMS de produtos da cesta básica, algo no seu entender inadmissível. “Precisamos tomar muito cuidado para não cometermos este erro. Ficarei atento quando a matéria chegar aqui na Câmara Federal. Irei propor um debate justo, visando sempre o melhor para o trabalhador brasileiro. Na cesta básica, o ICMS cuja alíquota normal é 18%, é reduzida para 7% para arroz, feijão e óleo. Mas na reforma tributária estão pretendendo elevar para 25%. Vejam só, aumentar a carga tributária para os mais pobres do Brasil?”, questionou.

E, na sequência, já realizou uma contra argumentação, pois os defensores desta ideia afirmam que o imposto cobrado será devolvido às pessoas. “Ora, para um secretário da Fazenda por 12 anos, acreditar que esse imposto vai ser devolvido de maneira muito rápida, não faz sentido. E mesmo que eles devolvam, o Brasil vai ser o único país do mundo onde o pobre vai ter de ter capital de giro, para pagar o imposto e receber depois. Ou se tem um sistema para fazer a distribuição automática do tributo, aí sim. Mas o pobre ter que adiantar o pagamento do tributo, para receber com 30 ou 60 dias depois, é para acachapar essa população mais sofrida. E faço aqui um registro para que essa Casa tenha cautela para quando essa matéria chegar aqui”, salientou Mauro Filho.

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