GESTÃO EFICIENTE

Prefeitura de Fortaleza lança BigData que definir políticas públicas com uso de IA

Por Marcelo - Em 27/09/2023 às 10:00 PM

A Prefeitura de Fortaleza lançou nesta quarta-feira (27), a plataforma BigData Fortaleza, por meio do Instituto de Planejamento (Iplanfor). O sistema usa Inteligência Artifical (IA) e permite a integração de dados municipais e o cruzamento dessas informações, sendo possível, a partir de métodos de análise, definir novas políticas públicas e orientar nas tomadas de decisão pelos gestores baseadas em evidências. Nesta primeira fase, serão contempladas as áreas de Educação, Saúde e Primeira Infância. Por conter informações sensíveis, o acesso ao BigData será restrito a gestores públicos, em consonância com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).

De acordo com o superintendente do Iplanfor e vice-prefeito de Fortaleza, Élcio Batista, o maior beneficiado pela integração dessas políticas públicas é o cidadão. “O BigData Fortaleza demonstra o compromisso do Iplanfor e da Prefeitura com a cultura e a ciência de dados. A plataforma facilitará a personalização e a integração de políticas públicas em diversas áreas, tornando a gestão mais eficiente e equitativa. Daremos respostas mais assertivas sobre o impacto dos projetos na redução das desigualdades, beneficiando toda a população cearense”, afirma.

Élcio Batista destaca a agilidade na tomada de decisões por parte das secretarias municipais

Ele ainda explica que, atualmente, o funcionamento do BigData está focado em três problemas. “Queremos ter a demanda real de creches em Fortaleza. A gente, hoje, tem informações sobre todas as crianças que nasceram na Capital nas últimas 48 horas, quais são os bairros delas e qual é a demanda de creche que vai ter naqueles bairros. A plataforma já traz isso, porque integrou sistemas que estavam desintegrados. Podemos saber quais crianças que têm acesso às creches não estão vacinadas. Fazer um acompanhamento de cada gestante na cidade, porque temos as informações das gestantes dentro da plataforma e podemos individualizar os cuidados, priorizando a atenção a gestações de alto risco ou casos de gravidez na adolescência”, detalha Élcio Batista.

Para o secretário da Saúde Galeno Traumaturgo, a plataforma BigData é o sonho de todo gestor. “É um avanço enorme. O grande problema na gestão pública, principalmente na saúde, é a ausência de dados reais. Vivemos sembre em busca de informações em tempo real, e essa ferramenta nos apresenta esses dados de forma que podemos acessá-los e ver, por exemplo, quais são as crianças que não foram vacinadas e aí agir de imediato para que esses problemas sejam resolvidos. Em termos práticos, ela pode contribuir para evitar complicações mais sérias, como epidemias”, explica.

Ferramenta gerencial

A secretária da Educação Dalila Saldanha considera que o BigData pode mudar completamente a dinâmica de criação e ocupação de vagas da Rede Municipal de Ensino. “É uma ferramenta gerencial de alta relevância para que a gente consiga alocar os recursos da melhor forma, de maneira que encontre a necessidade dos cidadãos. Hoje temos uma demanda de creche no registro único, chamada de demanda manifesta, mas só temos aquela informação, não sabemos em tempo real a distribuição daquela população na cidade, e o Bigdata vai nos trazer essa informação. Ele servirá para políticas de longo prazo, o planejamento, mas principalmente para acompanhar o dia a dia”, ressalta.

Um dos atributos do BigData é a aplicação da Inteligência Artificial para a geração de alertas que possibilitem o melhor direcionamento das ações da Prefeitura de Fortaleza. A titular da Coordenadoria Especial da Primeira Infância (Cespi) Angélica Leal ressalta a importância desse recurso para o cuidado com crianças de zero a seis anos. “A integração de dados na plataforma vai dar um panorama para que possamos apoiar cada secretaria em suas entregas. Ao mesmo tempo, o BigData vai revelar elementos para que a gente tenha políticas públicas mais assertivas, mais individualizadas e focadas nas crianças. A primeira infância é um período muito curto, que vai da gestação aos seis anos, então as intervenções necessárias têm que ser imediatas”, assevera.

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