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O deputado estadual Queiroz Filho (PDT) questionou em sessão ordinária da Assembleia Legislativa do Ceará (Alece) os valores do reajuste aprovado para os servidores públicos do Estado, que será pago a partir da folha salarial de julho. Entre os pontos apontados pelo parlamentar como danosos está o não pagamento do retroativo referente ao mês de janeiro, considerado a data-base.

“O reajuste anunciado é de 5,62%, mas na verdade, é de 2,81%, considerando que vai começar a ser pago apenas a partir do meio do ano, sendo assim, abaixo da inflação do ano passado, que ficou em 4,62%. Apenas aqueles que recebem abaixo do piso terão direito ao retroativo. Nós, da oposição, cobramos uma melhor negociação para que o governo pudesse pelo menos retroagir para todos o valor para janeiro, que é a data-base”, explica.

Segundo o parlamentar, não houve diálogo o suficiente com os servidores. A votação ocorreu na quarta-feira, 20, e contou com voto contrário do pedetista. Ele justificou seu posicionamento afirmando que não havia se votado contra o aumento – no qual ele considera justo -, mas sim a falta de conversa entre o Executivo e o Legislativo. Representantes da categoria fizeram protesto na Alece e alguns membros acompanharam a votação no Plenário. Outros membros da oposição optaram por se absterem na votação.

“Falei com representantes do Sindicato Apeoc e soube que não houve acordo sobre o reajuste. Essa é uma forma de tratorar a mensagem, sem discutir, sem negociar. Pela primeira vez na história do nosso estado, não será dado o reajuste de forma linear. Ano passado dei o voto de confiança, pois nem o piso, nem o mínimo, os servidores tinham. Mas não sou favorável a esse valor, que está muito longe da necessidade, muito menos da promessa do governo”, concluiu o pedetista.