Transição

Recursos para assistência social tiveram corte de 96%, afirma Tebet

Por anamaria - Em 02/12/2022 às 3:44 PM

Tebet Anuncia Que Recursos Para Assistência Social Tiveram Corte De 96%

Tebet anuncia que recursos para Assistência Social tiveram corte de 96% – Foto divulgação

A senadora Simone Tebet (MDB-MS) afirmou na última quinta-feira (1º), em coletiva de imprensa, que o setor de assistência social perdeu cerca de 96% do orçamento do Ministério da Cidadania para o ano que vem.

Com isso, existe a necessidade de pelo menos R$ 70 bilhões a mais no Orçamento para garantir a manutenção do Auxílio Brasil em R$ 600, mais o pagamento extra de R$ 150 por criança de até seis anos. Também seriam necessários recursos extras em outros programas essenciais de assistência social.

De acordo com a senadora, seria necessário incluir mais R$ 2 bilhões do auxílio gás. “Para que minimamente o SUAS funcione, mantendo os 8 mil CRAS, 7 mil unidades de atendimento, precisamos de R$ 2,6 bilhões em valores atuais. Isso fora valores de cisternas e todos os outros programas que foram abandonados”, disse Tebet. Apenas na pasta que cuida dos mais vulneráveis, o orçamento extra pode chegar a R$ 80 bilhões.

Tebet reforça que o gasto extrateto mínimo necessário para recompor o orçamento do ano que vem dificilmente poderá ser inferior a R$ 140 bilhões, considerado as necessidade de outras áreas.

Durante a coletiva, a ex-ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, ressaltou que o atual governo desorganizou as atualizações do Cadastro Único de Programas Sociais (CadÚnico) e defendeu a retomada de informações fundamentais para o monitoramento de famílias vulneráveis que recebem auxílio do governo, como dados de frequência escolar, informação sobre vacinação e acesso a outros serviços públicos básicos, como água e saneamento. “Precisamos construir uma estratégia de retomada da atualização do CadÚnico, retomar informações sobre frequência escolar. A gente não tem informação de vacinação de mais da metade das crianças mais pobres. Queremos saber se têm acesso a saneamento, à água, se mudou de endereço ou não”, disse.

Outro ponto abordado pela equipe de transição foram as possíveis irregularidades do atual governo, com o aumento exponencial de famílias unipessoais, aquelas que são formadas por um indivíduo, como beneficiárias do Auxílio Brasil.

Pelos cálculos apresentados, com base em dados oficiais do programa, entre dezembro de 2018 e outubro de 2022 houve um aumento de 197% no total de adultos morando sozinhos e recebendo o benefício, enquanto o crescimento de famílias com dois ou mais integrantes cresceu 21% no mesmo período.

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