Os carros elétricos ou híbridos representam uma tecnologia que chegou ao mercado automotivo brasileiro e não há como retroceder. São carros 100% elétricos, além de híbridos e híbridos plug-in que já estão rodando nas principais ruas, avenidas e estradas de todo o Brasil. E as montadoras asiáticas – leia-se principalmente China e Japão -, estão atentas a esta mudança de perfil de consumo.

Fábrica de Iracemápolis produzirá veículos da marca Great Wall Motors            Foto: Divulgação

De acordo com uma reportagem do Jornal O Estado de São Paulo, as fabricantes chinesas Great Wall Motors (GWM, no Ceará representada pelo Grupo Newland) e BYD (pelo Grupo Carmais), já anunciaram investimentos bilionários na aquisição de duas plantas industriais que estavam paradas, visando produzir seus veículos eletrificados aqui. Afinal, o mercado nacional para esse tipo de carro segue em expansão.

A GWM comprou a fábrica da Mercedes-Benz em Iracemápolis, no interior de São Paulo, por R$ 10 bilhões e a BYD está na fase final das negociações para adquirir a unidade fabril que pertencia à Ford, no Polo Industrial de Camaçari, distante cerca de 50 quilômetros de Salvador. O valor da transação foi anunciado em torno de R$ 3 bilhões.

A Toyota já produz no País automóveis híbridos flex, assim como a Caoa Chery. Mas a Chery deve adquirir uma planta fabril na Argentina, com investimentos de R$ 2 bilhões, para a fabricação de veículos elétricos e baterias para esses modelos, a serem comercializados entre os países do Mercosul.

Vale ressaltar que as fabricantes chinesas de automóveis elétricos/híbridos já obtiveram uma fatia de 30% do mercado brasileiro deste segmento no ano passado e a tendência é de crescimento. Enquanto isso, montadoras norte-americanas e de outros países que têm plantas no Brasil, ainda não anunciaram novos investimentos e aguardam a definição de uma política industrial e os incentivos fiscais para o segmento.