Em cerimônia concorrida realizada no Salão de Eventos Meton Soares Júnior, em Brasília, a Confederação Nacional do Transporte (CNT) concedeu ao presidente interino do Setcarce e diretor Institucional da Fetranslog Nordeste, Marcelo Holanda Maranhão, a Medalha JK, maior honraria da entidade. O evento ocorreu no fim da tarde desta quarta-feira (8), e reuniu representantes do setor de transportes brasileiro, de todos os modais, além de diversas autoridades de nível estadual e federal.

Eduardo Rebuzzi entregou a Medalha JK para Marcelo Maranhão                     Foto: Divulgação

O ex-presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira é o patrono da CNT. “Para mim foi uma honra muito grande estar entre os agraciados com a Medalha JK, um time super seleto de pessoas que integram o setor de transportes, além de ministros de Estado, parlamentares e outras autoridades. E para nós aqui do Nordeste, sermos reconhecidos entre tantas pessoas expoentes que se envolvem com o setor de transportes, é algo extremamente gratificante. É isso que nos estimula a trabalhar cada vez mais em prol do nosso setor”, afirmou Maranhão, que recebeu a sua comenda de Eduardo Rebuzzi, presidente da Sessão de Cargas da CNT.

Reunião

Durante a manhã foi realizada uma reunião na sede da entidade, onde foram tratados diversos assuntos, inclusive sobre a questão do aumento do percentual do biodiesel adicionado ao óleo diesel. “Já está comprovado que um percentual superior a 10% do biodiesel no óleo diesel, é prejudicial aos motores dos veículos, pois acumula resíduos. Os dois maiores países que utilizam biodiesel – Estados Unidos e Alemanha -, utilizam 7%. Danifica as bombas injetoras e até mesmo as bombas dos postos de combustíveis, por isso somos contrários ao aumento de percentual, pois interfere numa série de cadeias produtivas, desde o agronegócio, passa pelos transportes, indústria e pode chegar até os serviços de saúde, os hospitais, que têm geradores movidos a diesel”, explicou o dirigente.

Ele lembrou que estão colocando o uso do biodiesel como uma questão ambiental, mas não é bem assim. “Já está provado que a emissão de gases que geram efeito estufa é maior do que a do diesel mineral. O que estamos propondo é que seja feito um estudo em conjunto, pelos ministérios de Minas e Energia, da Agricultura, da Indústria e Comércio, para se comprovar qual o percentual adequado. Não somos contra o combustível, desde que ele não traga prejuízos para o setor produtivo e o meio ambiente”, destacou.

Disse, ainda, que a logística é um segmento da economia transversal a todos os outros – como indústria, comércio, serviços -, que passam pela logística. “E não se pode tomar uma decisão unilateral de se aumentar este percentual do biodiesel no diesel, por pressão da indústria dos biocombustíveis. Queremos que seja testado e o que eles comprovarem, nós apoiaremos”, salientou.

Revelou que foi tratado, também, do Projeto de Lei que versa sobre o seguro de cargas, pois havia algumas divergências de interpretação sobre quem seria o responsável por realizar essa contratação. “Os embarcadores às vezes faziam a apólice, mas jogavam toda a responsabilidade para os transportadores. Está na Câmara dos Deputados, com pareceres favoráveis, que seja de responsabilidade das transportadoras. E vamos acompanhar a sua tramitação de perto”, concluiu Marcelo Maranhão.