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Mellina Lizot cria escola de inglês para empoderar mulheres no Brasil e no exterior

Por Redação - Em 21/05/2025 às 6:22 PM

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Mellina Lizot aposta no inglês como instrumento de transformação social feminina

Com uma trajetória marcada pela ousadia de quem transforma desafios em propósitos, Mellina Lizot, fundadora da English2Empower, une o domínio da linguagem ao empoderamento feminino, criando uma proposta de ensino inovadora e, acima de tudo, transformadora.

Aos 26 anos, a gaúcha natural de Caxias do Sul protagoniza uma das histórias mais inspiradoras no universo da educação de idiomas no Brasil. Sua escola de inglês exclusiva para mulheres é mais do que um espaço de aprendizado: é um refúgio onde a linguagem se transforma em autonomia, autoconfiança e conexão global.

“Aprender em um ambiente de troca, com pessoas com quem nos identificamos, fortalece o senso de comunidade e torna o processo ainda mais significativo”, afirma Mellina, revelando o DNA do projeto que criou aos 23 anos, quando decidiu empreender e desenhar, a partir de sua própria história, um modelo de ensino humanizado, acolhedor e crítico.

Trajetória construída entre fronteiras

A relação de Mellina com o ensino começou cedo, aos 14 anos, quando assumiu o papel de monitora de inglês. Foi nesse primeiro contato que percebeu que educar seria mais do que uma profissão — seria sua missão de vida. A busca por aperfeiçoamento acadêmico a levou a cursar Letras na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, onde permaneceu por três anos, antes de, em um movimento ousado, atravessar fronteiras e transferir-se para o Canadá.

Na Université Laval, Mellina formou-se em Ensino de Inglês como Segunda Língua, pavimentando o caminho que a levou a uma especialização ainda mais profunda: o mestrado em Educational Leadership: Gender & Women Studies, na prestigiosa McGill University, em Montreal.

Essa vivência internacional, permeada por mais de 26 experiências interculturais em destinos tão diversos quanto Tailândia, Singapura, Malásia, Coreia do Sul, Japão, Vietnã e Indonésia, conferiu à educadora uma visão ampla sobre as múltiplas dimensões da identidade feminina e da importância da linguagem como ferramenta de emancipação.

Projeto transformador

Em 2019, ao mudar-se para o Canadá, Mellina experienciou na pele os desafios de ser imigrante e percebeu como a fluência no inglês é um fator determinante para a autonomia, especialmente de mulheres brasileiras em contextos globais.

Foi dessa percepção, entre deslocamentos e novas culturas, que nasceu a English2Empower, oficialmente fundada em 2021. “Notei que, naturalmente, todas as minhas alunas eram mulheres e compartilhavam interesses semelhantes. A ideia da escola surgiu da vontade de criar um espaço seguro e acolhedor, onde elas pudessem aprender e se expressar livremente”, relembra Mellina.

Desde então, mais de 200 mulheres passaram pela English2Empower, um verdadeiro atelier de experiências, onde o idioma é tecido com pensamento crítico.

Convite ao protagonismo

A metodologia criada por Mellina foge dos moldes tradicionais. Não se trata apenas de ensinar gramática ou pronúncia: trata-se de preparar mulheres para se posicionarem no mundo, seja em entrevistas de emprego, seja em viagens internacionais, seja no cotidiano digital, onde o inglês é cada vez mais indispensável.

“Ensino às minhas alunas que o erro faz parte do processo de aprendizagem. O sotaque, por exemplo, não é um erro, mas sim uma expressão autêntica da identidade de cada uma. Aprender inglês é, antes de tudo, um ato de coragem e de afirmação”, defende.

Comunidade global, linguagem comum

O inglês, na visão de Mellina, não é apenas uma ferramenta utilitária, mas um meio de estabelecer conexões afetivas e profissionais, de ampliar horizontes e de criar pontes. “É extremamente gratificante fazer parte da jornada de cada uma, acompanhando mulheres que, assim como eu, sonhavam em alcançar a fluência e em poder ser elas mesmas em inglês”, compartilha.

Fundada em Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul, a English2Empower se destaca como uma iniciativa singular no Brasil, promovendo o ensino do inglês com uma abordagem feminista, inclusiva e inovadora. O método combina técnicas de ensino comunicativo, desenvolvimento do pensamento crítico e imersão cultural.

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