A empresa de mineração australiana Oceana Lithium está realizando a prospecção de campos de minério no interior do Ceará e já constatou que no município de Solonópole, no campo de Bom Jesus de Baixo, está confirmada a presença de um sistema pegmatito empilhado de lítio-césio-tântalo (LCT). A análise é com relação ao teor de lítio presente nas rochas.

Jazida em Solonópole tem apresentado bons resultados

O projeto da área de exploração em Solonópole possui cerca de 124 quilômetros quadrados e aproximadamente 17 quilômetros onde já havia sido realizada mineração artesanal e na qual os técnicos da empresa da Austrália estão encontrando afloramento de camadas nas quais são observados depósitos de pegmatitos de lítio. O trabalho visa saber a extensão da jazida e o volume do mineral presente na área.

De acordo com o advogado Tomás de Paula Pessoa Filho, que atua na área de Direito Minerário, a companhia australiana está com uma boa expectativa com relação à jazida existente no interior do Ceará. E, com a transição energética, devido às baterias de automóveis, ônibus e caminhões elétricos, a demanda global está crescendo. “É uma janela de oportunidades no setor mineral internacional e, quem partir na frente, terá grandes possibilidades de desenvolvimento econômico”, destaca Tomás Filho.

Com um valor de mercado próximo de US$ 40 mil a tonelada, ou cerca de R$ 190 mil pelo câmbio desta segunda-feira (26), o lítio tem sido cada vez mais procurado por grandes indústrias, pois é usado em diversos segmentos, como na fabricação de polímeros; por ser bom condutor e armazenador de energia é usado em baterias; na indústria nuclear e até mesmo no setor farmacêutico.