INCONSISTÊNCIAS CONTÁBEIS

Acionistas de referência da Americanas estão na mira dos principais credores

Por Marcelo - Em 25/01/2023 às 8:20 PM

Os três sócios da 3G Capital – Jorge Paulo Lemann, Carlos Alberto Sicupira e Marcel Hermmann Telles, considerados os homens mais ricos do Brasil – e que são acionistas de referência do Grupo Americanas, estão com suas fortunas  avaliadas em R$ 185 bilhões no radar de bancos e outros credores da rede varejista, que possui dívidas que chegam a R$ 41,23 bilhões com quase 8 mil bancos, financeiras e fornecedores.

Carlos Alberto Sicupira, Jorge Paulo Lemann e Marcel Hermmann Telles        Foto: Divulgação

Isso porque alguns dos bancos com que a Americanas possui dívidas milionárias estã buscando a Justiça para caracterizar as inconsistências contábeis de R$ 20 bilhões – que não teriam sido detectadas nos últimos dez anos em seus balanços financeiros -, como uma fraude organizada ao longo do tempo.

Apesar de ter ingressado com um processo de recuperação judicial (RJ) no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), alguns credores acreditam que a Americanas não terá como pagar suas dívidas e os três sócios poderiam ter parte de seus patrimônios utilizados para realizar a quitação dos valores devidos.

Para tanto, os bancos já solicitaram já solicitaram acesso a e-mails e outros tipos de comunicação entre executivos da rede de varejo e os sócios de referência, como forma de comprovar que eles tinham conhecimento da situação financeira da empresa. Também foi pedido os depoimentos de Lemann, Telles e Sicupira, além do ex-CEO das Americanas, Sérgio Rial, que não chegou a ficar dez dias na função, antes de pedir demissão.

Os bancos credores da Americanas também estão se organizando para que não sejam autorizados descontos elevados nos débitos do Grupo Americanas, o que geralmente acontece em casos de RJ. Tanto que os bancos Safra e Santander já solicitaram ao Poder Judiciário do Rio que o processo de recuperação judicial da Americanas seja anulado.

De acordo com fontes que acompanham os bastidores do caso, os bancos credores estão se articulando para entender os motivos que a Americanas alega para as inconsistências bilionárias e, a partir de então, tentarem definiro papel de cada um dos sócios de referência no caso e poder responsabilizá-los.

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