FATORES EXTERNOS E INTERNOS

América Latina deve ter ‘equilíbrio cuidadoso’ ao cortar juros

Por Redação - Em 15/10/2023 às 11:50 PM

Conforme o FMI, após forte expansão com o fim da pandemia de covid-19, a expectativa é que a economia da América Latina cresça 2,3% em 2023

Diante do aumento dos riscos externos e de pressões domésticas, os países da América Latina e do Caribe devem manter um “equilíbrio cuidadoso” na dosagem de corte de juros, diz, em relatório divulgado na sexta-feira (13), o Fundo Monetário Internacional (FMI).

“A flexibilização prudente da política monetária continuará a exigir um equilíbrio cuidadoso entre colocar a inflação em uma trajetória descendente duradoura e minimizar o risco de um período prolongado de baixo crescimento”, afirma, no relatório, o diretor do Departamento do Hemisfério Ocidental do FMI, Rodrigo Valdés.

PIB

O relatório do FMI também trouxe estimativas para o crescimento da região. Conforme o FMI, após forte expansão com o fim da pandemia de covid-19, a expectativa é que a economia da América Latina cresça 2,3% em 2023, depois de avançar 4,1% em 2022. Para o Brasil, o FMI espera um rito maior de crescimento, com o Produto Interno Bruto (PIB) avançando 3,1%, ante a projeção anterior de 2,1% e a alta de 2,9% em 2022.

“A desaceleração reflete políticas mais restritivas para conter a inflação e uma conjuntura externa menos favorável, incluindo o crescimento mais lento dos parceiros comerciais, o aperto das condições de financiamento externo e a queda de preços das commodities”, diz Rodrigo Valdés.

Inflação

Em relação à inflação, o FMI manteve a previsão de 5% em 2023, sem considerar Argentina e Venezuela. Em 2022, a inflação da região foi de 7,8%. Para 2024, o FMI projeta uma taxa de 3,6%.

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