ESTUDO DA FGV

Atividade econômica tem alta de 0,6% em julho, de acordo com o Monitor do PIB

Por Marcelo - Em 19/09/2022 às 6:10 PM

A atividade econômica registrou expansão de 0,6% em julho, em relação a junho, de acordo com o Monitor do PIB, apurado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e divulgado nesta segunda-feira (19). Na comparação com julho de 2021, a economia evoluiu 3,1%, enquanto no trimestre móvel encerrado em julho a expansão foi de 3,3%. Em termos monetários, a estimativa é de que o acumulado do PIB até julho deste ano tenha alcançado, em valores correntes, R$ 5,48 trilhões.

Setor de serviços tem puxado a atividade econômica no Brasil                       Foto: Divulgação

Na avaliação da coordenadora da pesquisa, Juliana Trece, o crescimento do PIB em julho refletiu, pelo lado da oferta, o desempenho positivo da indústria e do setor de serviços. “Serviços estão realmente puxando a economia. Mas quando a gente olha pelo lado da demanda, o consumo está mais ainda impositivo; de fato, o consumo de serviços”, informou Juliana à Agência Brasil.

No entanto, ainda há uma demanda reprimida, salientou. Esses dados indicam que o desempenho da economia em julho foi explicado principalmente pelo consumo, padrão que tem sido observado ao longo do ano. Juliana lembrou que, no segundo semestre, já se esperava o início de uma desaceleração desse consumo, mas o número de julho sinaliza que a economia ainda está sendo aquecida por essa parte de serviços.

Consumo e FBCF

O Monitor do PIB-FGV mostra que o consumo das famílias cresceu 0,5% em julho comparado ao mês anterior. Na comparação interanual, houve expansão de 3,6% em julho. No trimestre móvel findo em julho, a evolução foi de 4,3%.

Na comparação trimestral, a FGV esclareceu que o crescimento se deve ao desempenho do consumo de produtos não duráveis e, em especial, pelo consumo de serviços. Na mesma comparação, o consumo de duráveis tem contribuído negativamente durante todo o ano e o consumo de semiduráveis apresentou queda em julho, após quatro trimestres móveis consecutivos de crescimento.

Em relação à formação bruta de capital fixo (FBCF), que sinaliza a ampliação da capacidade produtiva da economia, o levantamento indica que após cinco trimestres de alta, ela se retraiu em julho (-0,8%), em comparação a junho. Na comparação interanual, a retração foi de 0,7% em julho, enquanto no trimestre móvel encerrado em julho, houve aumento de 2,3%.

Exterior

A exportação de bens e serviços avançou 1,6% em julho, comparado ao mês anterior. Na comparação interanual, foi registrado crescimento de 4,7% em julho, com retração de 0,7% no trimestre móvel findo em julho. As maiores contribuições para esse resultado foram as quedas na exportação de produtos agropecuários e da extrativa mineral, embora tenha havido crescimento das exportações de serviços, bens intermediários, bens de capital e de consumo, explicou Juliana.

Já a importação de bens e serviços apresentou crescimento de 3,4% na comparação com junho. Na comparação interanual, cresceu 12,3% em julho e 4,6% no trimestre móvel que encerrou em julho. (Agência Brasil)

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