SOLIDEZ FINANCEIRA
Banco do Brasil aciona AGU contra fake news de aliados de Bolsonaro
Por Redação - Em 25/08/2025 às 3:30 PM

As publicações alegavam, sem provas, que o Banco do Brasil poderia ser excluído do sistema internacional de pagamentos SWIFT e estaria sujeito a sanções da chamada Lei Magnitsky
O Banco do Brasil acionou a Advocacia-Geral da União (AGU) contra o que classifica como uma tentativa de desestabilizar a instituição por meio da divulgação de informações falsas nas redes sociais. Segundo a denúncia, aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, incluindo o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o também parlamentar Gustavo Gayer (PL-GO), teriam publicado conteúdos que levantam suspeitas sobre a solidez financeira do banco e incitam clientes a retirar recursos.
As publicações alegavam, sem provas, que o Banco do Brasil poderia ser excluído do sistema internacional de pagamentos SWIFT e estaria sujeito a sanções da chamada Lei Magnitsky, legislação dos Estados Unidos usada para punir autoridades estrangeiras acusadas de corrupção ou violações de direitos humanos. Em um vídeo, Eduardo Bolsonaro chegou a sugerir que a manutenção da conta do ministro Alexandre de Moraes no banco poderia tornar a instituição alvo de retaliações.
Em comunicado divulgado na sexta-feira (22), o Banco do Brasil afirmou que atua em conformidade com a legislação brasileira, as normas internacionais e as regras dos mais de 20 países onde mantém operações. A instituição informou ainda que adotará “medidas legais adequadas” para preservar sua reputação.
A denúncia ressalta que clientes buscaram esclarecimentos após as postagens, que circularam em plataformas como X, Threads e YouTube. O banco alertou que tais alegações, além de infundadas, podem comprometer a estabilidade do sistema financeiro nacional.
Na manhã desta segunda-feira (25), as ações do Banco do Brasil (BBAS3) registravam queda de 0,9% na B3, cotadas a R$ 20,32. O episódio ocorre após decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal Flávio Dino, que determinou que sanções impostas por governos estrangeiros só terão validade no Brasil mediante autorização judicial.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou ao jornal Valor Econômico que vê os ataques como ação coordenada de aliados do ex-presidente. Ele também mencionou aumento da inadimplência no crédito agrícola do banco, associando o movimento a pressões políticas, mas não apresentou provas.
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