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Banco dos Brics já aprovou US$ 6,3 bilhões para projetos no Brasil e mira financiamentos em moedas locais

Por Marlyana Lima - Em 06/07/2025 às 1:42 AM

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Reunião dos Bancos dos Brics acontece no Rio de Janeiro – Foto: Agência Brasil

A presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), Dilma Rousseff, anunciou neste sábado (5) que a instituição — conhecida como o Banco dos Brics — já aprovou US$ 6,3 bilhões em 29 projetos no Brasil desde sua criação, em 2014. A declaração foi feita durante coletiva de imprensa realizada ao fim da reunião anual do banco, que antecede a cúpula do grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul e mais seis países.

Segundo Dilma, US$ 4 bilhões desses recursos já foram desembolsados, o que representa aproximadamente 18% do total aprovado globalmente. No mundo, o NDB já liberou US$ 22,4 bilhões em financiamentos, de um total de US$ 40 bilhões aprovados desde sua fundação.

A ex-presidente destacou que uma das principais metas estratégicas do banco é ampliar a captação e o financiamento em moedas locais, como o real e o yuan, com o objetivo de reduzir a exposição cambial e os custos com juros internacionais. Essa medida visa fortalecer os mercados domésticos e tornar os projetos mais sustentáveis financeiramente.

Entre os exemplos citados por Dilma, está o financiamento em yuan para um projeto de modernização da infraestrutura da CPFL, no valor equivalente a US$ 200 milhões, além do memorando de entendimento com a State Grid Brasil, assinado em julho, que prevê a construção de uma linha de transmissão no Nordeste brasileiro, estimada em US$ 3 bilhões.

As prioridades atuais do banco, segundo Dilma, incluem projetos em áreas como:

  • Infraestrutura e logística
  • Transição energética
  • Inteligência artificial e data centers
  • Hospitais inteligentes com IA e telemedicina

A presidente citou ainda um projeto de hospital inteligente em São Paulo que contará com financiamento do NDB e transferência de tecnologia da China.

Durante o encontro, Dilma Rousseff também anunciou a aprovação da entrada da Colômbia e do Uzbequistão como novos membros do banco, que passa a contar com 11 países integrantes, ao lado de Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Emirados Árabes Unidos, Bangladesh, Egito e Argélia. A ampliação, segundo ela, fortalece o objetivo de aumentar a representatividade do Sul Global na governança econômica internacional.

 

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