INOVAÇÃO E TECNOLOGIA

Biometria facial representa o futuro dos meios de pagamento no comércio

Por Marcelo - Em 29/07/2022 às 1:23 AM

As inovações tecnológicas, como a biometria facial, vocal ou por íris, além da impressão digital e a popularização do Pix, bancos digitais e open banking transformaram a rotina do consumidor, diminuindo progressivamente os atritos no momento da aquisição de um produto ou serviço. É inegável que, nos últimos anos, houve um imenso avanço tecnológico nos produtos e serviços financeiros.

Gustavo diz que a biometria facial será muito utilizada para compras            Foto: Divulgação

“Há pouco tempo, para fazer uma compra, era necessário sempre ter a carteira em mãos. Em seguida, passamos a levar apenas o cartão de crédito ou débito, mais recentemente, o celular já era o suficiente para passar no caixa do supermercado, da farmácia ou de qualquer outro comércio. Hoje, em alguns estabelecimentos, só o rosto ou a palma da sua mão já bastam”, explica Gustavo de Camargo, VP de Venda da VU, empresa de segurança cibernética especializada em evitar fraudes virtuais.

Atualmente, alguns varejistas estão testando a biometria facial e a identificação da palma da mão como meios de pagamento. A primeira transação 100% touchless via reconhecimento facial foi feita no Brasil em 2021. Na China, por exemplo, a tecnologia é utilizada em estabelecimentos comerciais, como lojas, restaurantes e supermercados. Já na Rússia, os passageiros do metrô da capital do país contam com a opção de embarcar apontando o rosto para uma máquina nos guichês.

Em um futuro próximo, será possível realizar todas as suas compras sem ter o cartão ou o celular em mãos, como mostra um estudo da Juniper Research. De acordo com o levantamento, até 2027 o valor dos pagamentos móveis remotos autenticados biometricamente deve atingir US$ 1,2 trilhão globalmente. Para 2022, a estimativa é de US$ 322 bilhões. A segurança proporcionada por esse método de pagamento explica porque a tecnologia é uma grande aposta das empresas de cartão de crédito, startups e varejistas.

O reconhecimento facial em lojas físicas funciona através de um aplicativo, no qual o usuário tira algumas fotos e cadastra um cartão de crédito e débito. Na hora do pagamento, o rosto do cliente é reconhecido (na forma de um código criptografado) pelo sistema via um dispositivo móvel instalado junto ao caixa. Em seguida, é necessário validar o valor total do checkout para completar a transação. A quantia é creditada imediatamente na conta do varejista.

Além da comodidade de não precisar carregar nenhum objetivo para efetuar o pagamento, como dinheiro de papel, moedas, cartões de crédito, celulares e relógios, por exemplo, esse método de pagamento biométrico também permite algumas experiências. É mais higiênico (isso conta muito em tempos de pandemia); mais ágeis e menos estressantes para os clientes devido à rapidez de processamento; mais conectados com programas de recompensa e de fidelidade, uma vez que os sistemas já estão integrados; e mais seguro, já que os dados que os clientes inserem em seu sistema são criptografados, garantindo que sua privacidade não seja comprometida.

A tecnologia de pagamento via reconhecimento facial não é perfeita, mas tem um nível de segurança alto se comparado com outros meios de processamentos digitais. O recurso de biometria facial consegue diferenciar imagens gravadas do que é mostrado ao vivo, impedindo, por exemplo, que um terceiro realize um pagamento não autorizado utilizando um vídeo ou foto do usuário cadastrado. Além disso, o Bloqueador de Roubo de Identidade (anti-suplantação) e a Análise de Fraude são outras barreiras que garantem a segurança do usuário ao optar por esse método de pagamento.

Mais notícias

Ver tudo de IN Business