Transição energética

BNDES lidera financiamento global em energia renovável

Por Anchieta Dantas Jr. - Em 10/04/2025 às 6:00 AM

Luciana Costa Agencia Brasil

Luciana Costa, diretora de Infraestrutura, Transição Energética e Mudanças Climáticas do BNDES Foto: Fernando Frazão / Agência Brasil

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) está direcionando seus investimentos para projetos de descarbonização e transição energética, com destaque para a produção de hidrogênio verde e outras fontes renováveis.

Segundo Luciana Costa, diretora de Infraestrutura, Transição Energética e Mudanças Climáticas do BNDES, em entrevista à Isto É Dinheiro, o banco enfrenta o desafio de escalar novas tecnologias para impulsionar a indústria verde. Entre os principais focos estão projetos de hidrogênio verde, aço verde, fertilizantes sustentáveis, combustível de aviação sustentável e biometano.

Costa destacou que o BNDES é atualmente o maior financiador de energia renovável do mundo, com uma carteira de ativos superior a R$ 200 bilhões. Ela ressaltou que, embora o financiamento de novas tecnologias envolva riscos, o apoio do BNDES altera a percepção de risco dos investidores, facilitando a transição energética.

A diretora também mencionou que a maior parte do financiamento para a transição energética virá do setor privado, com uma projeção de 60% a 70%, enquanto a filantropia não deve ultrapassar 40%. Além dos desafios tecnológicos, Costa apontou o alto custo do crédito no Brasil como um obstáculo significativo.

Experiência em novas tecnologias

Com 72 anos de experiência, o BNDES possui um profundo conhecimento setorial e histórico de sucesso na escalada de novas tecnologias. Nesse sentido, Costa acredita que o Brasil tem uma grande oportunidade com o hidrogênio verde e outras fontes renováveis, mas alerta para a necessidade de evitar distorções de subsídios e garantir que os projetos sejam executados nos locais adequados.

A neutralidade geopolítica do Brasil é vista como uma vantagem adicional, afirmou a executiva, posicionando o país de forma favorável no cenário global. Além de ser o maior exportador líquido de alimentos do mundo, o Brasil desempenha um papel crucial na segurança energética e alimentar global.

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