EQUIDADE

Brasil adere ao Arranjo Global sobre Comércio e Gênero

Por Redação - Em 26/02/2024 às 3:06 PM

Brasil Adere Ao Arranjo Global Sobre Comércio E Gênero

A assinatura da adesão ocorreu em Abu Dhabi, durante a 13ª Conferência Ministerial da Organização Mundial do Comércio

O Brasil aderiu, nesta segunda-feira (26) ao Arranjo Global sobre Comércio e Gênero. A assinatura da adesão ocorreu em Abu Dhabi, durante a 13ª Conferência Ministerial da Organização Mundial do Comércio (OMC).

Em nota conjunta, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic) e o Ministério das Relações Exteriores (MRE) afirmaram que “a adesão vai ao encontro de outras iniciativas com o objetivo de permitir que o comércio promova o empoderamento feminino e a equidade de gênero, por meio da elaboração de políticas públicas e da cooperação internacional”.

O Arranjo Global sobre Comércio e Gênero (“Global Trade and Gender Arrangement” – GTAGA) foi assinado em 2020 entre Canadá, Chile e Nova Zelândia, e atualmente é composto também por Argentina, Colômbia, Costa Rica, Equador, México e Peru. De acordo com a nota conjunta, a adesão do Brasil ao acordo teve início com convite do Chile, por ocasião das atividades de implementação do capítulo dedicado a Comércio e Gênero do Acordo de Livre Comércio Brasil – Chile, em vigor desde 2022. O capítulo conta com uma série de atividades programadas de cooperação para os trabalhos do Comitê de Comércio e Gênero, como troca de estatísticas de exportação e importação desagregadas por gênero e a promoção de empresas lideradas por mulheres.

“O tema ‘Mulheres no Comércio Internacional’ constitui, igualmente, uma das prioridades da presidência brasileira do G20 para o Grupo de Trabalho sobre Comércio e Investimentos do agrupamento”, acrescenta a nota conjunta.

Segundo o estudo “Mulheres no Comércio Exterior – uma análise para o Brasil”, publicado em 2023 pelo Mdic, cerca de 2,6 milhões dos empregos nas empresas que atuam no comércio exterior brasileiro eram ocupados, em 2019, por mulheres, representando 32,5% dos empregos totais nessas firmas. Por outro lado, apenas 14% das empresas exportadoras pertenciam, em sua maior parte, a mulheres. “Esses dados revelam haver ainda amplo potencial para que as mulheres se beneficiem do comércio exterior, seja como trabalhadoras ou empreendedoras”, finaliza a nota conjunta.

Mais notícias

Ver tudo de IN Business