
58º COLOCADO
Brasil avança em ranking de competitividade, mas segue entre os piores colocados
Por Redação - Em 17/06/2025 às 12:01 AM

O Brasil ficou entre os últimos colocados em educação básica, produtividade da força de trabalho, qualificação profissional e domínio de idiomas FOTO: Freepik
O Brasil subiu quatro posições no ranking global de competitividade de 2025, elaborado pelo Institute for Management Development (IMD) em parceria com a Fundação Dom Cabral (FDC). Apesar da melhora, o país ainda figura na 58ª colocação entre 69 nações avaliadas, mantendo-se na parte inferior da lista.
O avanço foi impulsionado por fatores conjunturais, como o aumento de investimentos estrangeiros e a geração de empregos. No entanto, especialistas alertam que o país não realizou reformas estruturais que garantam competitividade de longo prazo.
Segundo o diretor da FDC, Hugo Tadeu, o resultado não representa uma verdadeira evolução. “O Brasil continua enfrentando sérios entraves estruturais. Sem mudanças profundas, esse avanço é apenas temporário”, afirmou.
O levantamento avalia quatro pilares: desempenho econômico, eficiência governamental, eficiência empresarial e infraestrutura. O melhor desempenho brasileiro foi no desempenho econômico, onde ocupou a 30ª posição, graças a indicadores como investimento direto estrangeiro e uso de energias renováveis.
Em contraste, os piores resultados estão relacionados à formação de capital humano. O país ficou entre os últimos colocados em educação básica, produtividade da força de trabalho, qualificação profissional e domínio de idiomas.
O relatório aponta que países no topo da lista — como Suíça, Cingapura e Dinamarca — compartilham políticas de longo prazo, estabilidade regulatória e sistemas educacionais avançados, características ainda distantes da realidade brasileira.
O diretor da FDC também criticou o aumento da carga tributária, que, segundo ele, encarece o custo do capital e afasta investidores. Além disso, o uso indiscriminado de subsídios pode prejudicar áreas estratégicas ao invés de fortalecê-las.
Para reverter esse cenário, especialistas defendem reformas no sistema tributário, maior previsibilidade regulatória e investimentos em educação e inovação. “O Brasil tem potencial, mas precisa de uma estratégia de longo prazo para transformar avanços pontuais em crescimento sustentável”, concluiu Hugo Tadeu.
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