DIZ INSTITUTO DE FINANÇAS

Brasil deve crescer perto de 2% em 2026, mas fragilidade fiscal segue como principal risco

Por Redação - Em 05/12/2025 às 3:00 PM

Pib, Crescimento Econômico Foto Freepik

Para a América Latina, a expectativa é de desaceleração: o crescimento regional deve recuar para 1,9% no próximo ano FOTO: Freepik

O Brasil deve manter em 2026 um ritmo de expansão próximo a 2%, sustentado sobretudo pelas exportações do agronegócio e do setor de energia, aponta um relatório divulgado nessa quinta-feira (4) pelo Instituto de Finanças Internacionais (IIF).

Para a América Latina, a expectativa é de desaceleração: o crescimento regional deve recuar para 1,9% no próximo ano, refletindo pressões fiscais, turbulências políticas internas e um ambiente internacional ainda incerto.

Segundo o IIF, o Brasil atraiu forte fluxo de capitais em 2025, favorecido pela queda da inflação e por um desempenho econômico acima do previsto, mesmo convivendo com juros reais historicamente elevados. Ainda assim, o instituto afirma que o quadro fiscal permanece como o ponto mais sensível, lembrando que a estabilização da dívida pública exigiria um ajuste primário da ordem de 3% do PIB.

O relatório observa que as eleições presidenciais de 2026 devem influenciar o comportamento dos investidores ao longo do próximo ano. A expectativa é que o Banco Central mantenha uma postura cautelosa para garantir ancoragem das expectativas, com possibilidade de um ciclo gradual de corte de juros a partir de janeiro.

Para o continente latino-americano, o IIF avalia que, apesar de tensões políticas persistentes, as condições externas são mais favoráveis do que nos últimos anos. A análise destaca a combinação de dólar mais fraco, maior apetite global por risco e menor volatilidade nos mercados internacionais após a flexibilização monetária do Federal Reserve (Fed) e do Banco Central Europeu (BCE), fatores que ajudam a sustentar o fluxo de capital para a região.

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