Apesar da queda de 6% nas vendas comparáveis do 4º trimestre, o desempenho foi melhor que o previsto

A Burberry anunciou nesta quarta-feira (14) um plano de reestruturação que inclui a eliminação de 1.700 postos de trabalho — cerca de 20% de sua força global — com foco em corte de custos e retomada do crescimento. A medida fez as ações da empresa saltarem 18% após divulgação de resultados melhores que o esperado.

Os cortes atingirão principalmente áreas administrativas e incluem o encerramento do turno noturno da fábrica de trench coats em Castleford, no Reino Unido. A estimativa é economizar 60 milhões de libras até 2027, além das 40 milhões já anunciadas.

A reestruturação é liderada pelo CEO Joshua Schulman, que assumiu em 2024 com a missão de recuperar a imagem da marca após anos de desempenho abaixo dos concorrentes no mercado de luxo. Ex-Coach e Jimmy Choo, Schulman aposta no foco na herança britânica da Burberry e em peças clássicas, como trench coats e lenços.

Apesar da queda de 6% nas vendas comparáveis do 4º trimestre, o desempenho foi melhor que o previsto. A empresa evitou prejuízo no ano fiscal, com lucro operacional ajustado de 26 milhões de libras — mais que o dobro das estimativas de analistas.

A desaceleração nos EUA, que representa 19% do faturamento da marca, é um desafio para a nova estratégia. Ainda assim, a gestão mantém o otimismo com as reformas e a resposta positiva dos consumidores.