O Ceará está no radar do Mapeamento Eólico do Brasil a ser realizado pelo pelo Instituto Senai de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER), cuja sede fica no vizinho estado do Rio Grande do Norte, que firmou um convênio com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI). Será um projeto de dois anos, com investimento de R$ 5 milhões, para verificar as áreas mais promissoras na produção de energia eólica offshore, ou seja, dentro do mar.

Produção eólica offshore libera áreas em terra para outras indústrias               Foto: Divulgação

O Estado foi pioneiro na instalação dos primeiros aerogeradores em terra, ainda na década de 90, e chegou a ser o maior produtor nacional de energia eólica onshore (em terra). Atualmente, o Rio Grande do Norte detém esse título, mas novos investimentos estão previstos para o Ceará nos próximos anos, principalmente para abastecer ao Hub de Hidrogênio Verde que será montado no Complexo do Pecém.

Além dos dois estados vizinhos, que já possuem ampla infraestrutura na área de produção de energias renováveis, o mapeamento também vai analisar áreas dos estados do Amapá, Maranhão, Pará e Piauí, que integram a Margem Equatorial Brasileira. De acordo com o ISI-ER, o levantamento vai proporcionar uma consolidação dos estudos já finalizados ou que ainda estão em andamento sobre a produção eólica offshore.

O estudo visa identificar as melhores áreas dessa faixa do litoral brasileiro para a instalação de parques eólicos dentro do mar, além de servir de subsídio para que os fabricantes de equipamentos utilizados pelo setor – como aerogeradores, pás eólicas, torres e fundações -, possam dimensioná-los de acordo com a velocidade dos ventos em cada região que for mapeada pelo trabalho do ISI-ER.