Fachada do edifício da B3 em São Paulo Foto: Imagem gerada por IA

O investidor estrangeiro voltou a apostar no Brasil com intensidade. Após um 2024 de retração, maio de 2025 registrou a maior entrada líquida de capital externo na B3 desde 2019: foram R$ 10,66 bilhões, superando os R$ 10,01 bilhões de agosto do ano passado, segundo levantamento da consultoria Elos Ayta.

Mesmo desconsiderando as emissões primárias, o fluxo líquido de R$ 10,58 bilhões no mês segue como o mais alto dos últimos cinco anos. O número reforça o retorno consistente de estrangeiros ao mercado secundário de ações e aponta para uma retomada da confiança no ambiente econômico brasileiro.

Brasil de volta ao radar

O dado de maio inverte a tendência negativa registrada em 2024, quando o saldo estrangeiro foi de saída e somou R$ 24,2 bilhões. Em 2025, o acumulado já alcança R$ 21,52 bilhões positivos — ou R$ 21,09 bilhões se excluídas as ofertas primárias.

A reversão chama atenção por refletir um alinhamento com as perspectivas de crescimento sustentado do país. A recuperação da economia, ainda que gradual, parece ter reconectado o Brasil ao radar dos grandes investidores internacionais.

Alta nas compras, recuo nas vendas

O volume financeiro movimentado por estrangeiros também avançou. Foram R$ 327 bilhões em compras na Bolsa em maio, o maior montante desde agosto do ano passado. É o segundo mês consecutivo de alta, após os R$ 272,2 bilhões de março.

Já as vendas caíram levemente: de R$ 323,4 bilhões em abril para R$ 316,4 bilhões em maio. A combinação sugere não apenas otimismo, mas disposição concreta de reforçar posições no mercado brasileiro, diante de um cenário mais previsível e menos volátil.