REPOSICIONAMENTO

Consumidor troca status por valor e redesenha o mercado de luxo

Por Redação - Em 02/06/2025 às 12:01 AM

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A LVMH, líder global de luxo, decepcionou com vendas fracas. A empresa também enfrenta críticas sobre a margem de lucro de produtos

Em meio à desaceleração econômica global, marcas de luxo intermediário estão se destacando no setor de moda, enquanto grifes de ultra luxo e redes de fast fashion enfrentam queda no desempenho. A Tapestry, dona da Coach e Kate Spade, elevou suas projeções após resultados acima do esperado, impulsionada pelo sucesso da bolsa Tabby, que custa US$ 495 — uma fração do valor de modelos da Dior ou Chanel.

A LVMH, líder global de luxo, decepcionou com vendas fracas. A empresa também enfrenta críticas sobre a margem de lucro de produtos, como uma bolsa Dior fabricada por US$ 60 e vendida por US$ 2.800. Hermès, Kering (Gucci) e Chanel também apresentaram resultados abaixo do esperado.

Enquanto consumidores de alta renda reduzem gastos, o público busca mais valor e qualidade a preços acessíveis. Marcas como Ralph Lauren, Hugo Boss e Amer Sports (Salomon, Arc’teryx) têm se beneficiado desse comportamento. As vendas da Ralph Lauren subiram 13% no último trimestre, quase o dobro das expectativas.

Do outro lado, o fast fashion também perde força. Zara, H&M e Primark registraram desaceleração no crescimento, impactadas por preços mais altos e menor número de promoções. A Uniqlo já prevê queda nos lucros devido às tarifas, e a H&M considera reajustes de preços que podem afastar consumidores.

Apesar dos sinais mistos, o mercado segue sensível às variações econômicas. Nos EUA, o pleno emprego e o aumento dos salários indicam poder de compra estável, mas os gastos em abril mostraram sinais de pausa. O cenário mostra que, mais do que status, os consumidores estão priorizando o custo-benefício.

 

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