COMBUSTÍVEL DO FUTURO

CSN aporta US$ 75 milhões em startup de Israel que reduzirá custo do H2V

Por Marcelo - Em 25/01/2022 às 10:16 AM

A mudança da matriz energética de combustíveis fósseis para fontes renováveis cresce em todo o mundo e o Hidrogênio Verde ganha destaque a cada dia. Afinal, utiliza energia eólica e solar para a sua produção, por meio da eletrólise da água, e o Ceará já largou na frente, possuindo 14 memorandos de entendimento assinados com grandes players globais.

E a Companhia Siderúrgica Nacional deu um grande passo em direção ao combustível do futuro, o H2V, conforme batizou o governador Camilo Santana, que tem trabalhado fortemente para a implantação do Hub de Hidrogênio Verde no Complexo do Pecém. Ela anunciou que está adquirindo uma participação na startup de Israel H2Pro, que possui uma tecnologia capaz de produzir Hidrogênio Verde em grande escala, com preço ainda mais baixo.

Hidrogênio Verde é o combustível do futuro, afirma Camilo Santana               Foto: Divulgação

De acordo com o Brazil Journal, a CNS ingressou numa rodada Série A com um aporte de US$ 75 milhões, realizado pela sua empresa de corporate venture capital, CSN Ventures, e do qual participaram grandes fundos de investimento internacionais, inclusive o Breakthrough Ventures, do bilionário Bill Gates.

O H2V é um combustível sustentável, que pode abastecer veículos, caminhões, trens, e até aviões, além de poder ser usado na produção do aço. Entretanto, o custo de produção ainda é elevado. E a H2Pro é formada por cerca de 50 pesquisadores da Universidade Technion, de Israel, dos quais nove não PhDs, e que tem como fundador Talmon Viber.

Segundo Felipe Steinbruch, head da CSN Inova, o trabalho da startup israelense consiste em separar o hidrogênio do oxigênio, presentes na água, sem a utilização de uma membrana especial usada no processo de eletrólise tradicional, o que reduziria os custos de produção em aproximadamente 15%.

Isso possibilitaria produzir o H2V em larga escala, com um preço em torno de US$ 1,00 por quilo, ou até um pouco menos, representando cerca de um quinto do custo médio pratica hoje. E isso seria muito interessante para as siderúrgicas, pois poderiam acelerar o seu processo de descarbonização, uma vez que elas são umas das principais emissoras de gás carbônico do planeta.

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