Economia

Dólar recua em linha com o exterior e de olho na PEC da Transição

Por Viviane Ferreira - Em 28/11/2022 às 3:13 PM

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O dólar abriu esta segunda-feira (28) em queda frente ao real, acompanhando o exterior em sessão que deve contar com volumes reduzidos devido ao jogo da seleção brasileira de futebol na Copa do Mundo, com investidores ainda atentos às negociações de gastos extrateto pelo governo eleito de Luiz Inácio Lula da Silva.

Às 9h19 (horário de Brasília), o dólar à vista recuava 0,40%, a R$ 5,3864 na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,44%, a R$ 5,3885.

Na semana passada, incertezas sobre a composição da equipe econômica do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) trouxeram volatilidade aos principais indicadores do mercado financeiro.

Na sexta-feira (25), o encontro de Fernando Haddad, cotado para o cargo de ministro da Fazenda, com os presidentes dos grandes bancos brasileiros provocou reações pessimistas entre investidores.

Financistas buscavam no evento pistas sobre a política fiscal. O ex-prefeito de São Paulo, porém, dirigiu seus comentários à necessidade de priorizar a reforma tributária em 2023. O evento ainda reforçou a expectativa de que Haddad, que não é o preferido do mercado para chefiar a economia, ocupará esse posto.

Na Bolsa de Valores brasileira, o índice parâmetro Ibovespa tombou 2,55%, aos 108.976 pontos. No acumulado da semana, houve ligeira alta de 0,10%.

No mercado de juros futuros do Brasil, a taxa anual dos contratos DI (depósitos interbancários) para 2024 subiu de 14,31% para 14,44%, depois de ter recuado na véspera.

O dólar comercial à vista fechou em alta 1,86%, cotado a R$ 5,41 na venda.

No ramo das finanças há preferência por nomes historicamente comprometidos com a redução do risco fiscal, ou seja, com o maior controle de gastos públicos, o que na avaliação do setor pode reduzir a inflação e os juros, criando condições mais favoráveis para atrair investidores para o país.

O economista liberal Persio Arida, que está na equipe de transição de Lula, é um dos favoritos do mercado para o comando da área. Arida, porém, disse na sexta à noite que não tem intenção de assumir cargos públicos novamente.

(FOLHAPRESS)

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