A emissão de debêntures passou de R$ 44,3 bilhões, no primeiro trimestre de 2023, para R$ 77,2 bilhões, em igual período de 2024

A emissão de valores mobiliários alcançou R$ 175,9 bilhões no primeiro trimestre de 2024, um salto de aproximadamente 50% em relação a igual período do ano passado. O crescimento foi impulsionado por quase todas as categorias de valores mobiliários, com destaque para as debêntures, cujas emissões avançaram 74,2%, ao passarem de R$ 44,3 bilhões, no primeiro trimestre de 2023, para R$ 77,2 bilhões, em igual período de 2024. Os números constam no Boletim Econômico da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), produzido pela Assessoria de Análise Econômica, Gestão de Riscos e Integridade (ASA) da autarquia.

Segundo a CVM, são considerados valores mobiliários títulos ou contratos de investimento coletivo que gerem direito de participação, de parceria ou remuneração. São papéis colocados em oferta por empresas que pretendem captar dinheiro no mercado para investir na ampliação de seus negócios. Regulados pela CVM, são papéis de transação pública.

O crescimento no número de regulados pela CVM também é destaque no boletim, com aumento de 6% em relação ao primeiro trimestre de 2023, chegando à marca de 87.155 participantes.

O grupo com maior crescimento anual foi o setor de plataformas eletrônicas de investimento participativo (crowdfunding), com 27% de aumento de regulados. Os números estão em linha com o crescimento no valor emitido via ofertas regidas pela Resolução CVM 88, que de janeiro a março deste ano já alcançou 70% do valor total emitido em 2023.