SEM IMPACTO NEGATIVO

Empresa dinamarquesa e universidades garantem nível de segurança da Dessal

Por Marcelo - Em 20/03/2024 às 4:53 PM

A SPE Águas de Fortaleza – responsável pela construção e operação da Dessal – contratou especialistas reconhecidos no meio acadêmico e pelo mercado para apresentar estudos sobre a segurança do equipamento. Uma delas foi o DHI (Danish Hydraulic Institute), empresa de consultoria dinamarquesa comprometida em compartilhar conhecimentos sobre ambientes aquáticos; e o outro estudo foi assinado por um consórcio formado pela Universidade Federal do Ceará (UFC), a Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) e a Universidade Estadual Darcy Ribeiro.

Ambos os estudos constataram o que a SPE e a Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece) já vinham afirmando desde o começo: a Dessal não oferece risco às estruturas de cabos submarinos de fibra óptica e os data centers já existentes na Praia do Futuro, seja na parte terrestre ou marítima, debelando de forma contundente todas as questões abordadas pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) em seu último relatório.

Usina de dessalinização da SPE Águas de Fortaleza e da Cagece será construída na Praia do Futuro

O DHI, instituto que possui mais de 50 anos de atuação, com projetos em mais de 150 países, afirma em seu relatório que a operação da usina não tem impacto detectável nos cabos, uma vez que a corrente marítima está direcionada ao Norte, ou seja, na direção oposta a tais equipamentos. Além disso, o estudo conclui que não há impacto detectável na salinidade e nem nas condições de ondas que afetem as áreas dos cabos. Outro fato constatado no documento é que a operação da usina não altera a morfodinâmica do leito do mar.

Já o estudo realizado pelo consórcio de universidades reafirma que a coexistência da Planta de Dessalinização com os cabos submarinos e data centers é viável e que a escolha do local foi adequada. O relatório final foi categórico: “A adoção do espaçamento mínimo de 500 metros é tão ou mais eficaz do que a recomendado pelo ICPC (Comitê Internacional de Proteção dos Cabos Submarinos)”. O estudo afirma ainda que o risco de danos à infraestrutura dos cabos submarinos é desprezível.

A usina de dessalinização, que irá injetar mil litros por segundo no sistema de distribuição de água de Fortaleza e vai atender, diretamente, a 720 mil pessoas da Capital, já conta com a Licença Prévia e aguarda a Licença de Instalação para início da obra. A operação da Dessal irá ajudar a mitigar problemas recorrentes que o Estado enfrenta com as secas constantes.

“Foram 18 meses de estudos. Nos cercamos das melhores técnicas, inclusive com a assessoria da empresa IDE Technologies – especialista no desenvolvimento e operação de algumas das maiores e mais modernas instalações de dessalinização do mundo. Nunca existiu qualquer risco mas, diante de tanta polêmica sobre assuntos técnicos, resolvemos contratar estudos de instituições idôneas, críveis e renomadas para reforçar a segurança da obra”, explica o diretor-presidente da SPE Águas de Fortaleza, Renan Carvalho.

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