COMÉRCIO INTERNACIONAL

Estudo da FIEC aponta possíveis impactos gerados pelo conflito no Leste da Europa

Por Marcelo - Em 03/03/2022 às 11:32 AM

O Centro Internacional de Negócios (CIN), da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), preparou um estudo com os dados de comércio internacional entre o Brasil e os dois países envolvidos no conflito no Leste da Europa, apontando os possíveis impactos gerados pela invasão da Rússia ao território da Ucrânia.

Rússia realiza a movimentação de grandes volumes de petróleo e gás              Foto: Divulgação

O Brasil é o principal exportador da América Latina para Ucrânia e Rússia em produtos básicos de consumo – semiduráveis ou não duráveis -, além de insumos para a indústria. Na importação, destacam-se bens de produção, especialmente combustíveis e fertilizantes.

Atualmente, a Rússia é o 36º principal destino para os produtos brasileiros e o 6º principal fornecedor para o Brasil. Já a Ucrânia ocupa o 75º lugar como mercado consumidor para as exportações brasileiras e é o 63º exportador. Em 2021, as exportações brasileiras para a Ucrânia e a Rússia foram de US$ 226,8 milhões e US$ 1,6 bilhão, respectivamente.

Dentre os estados brasileiros exportadores, o Ceará ocupa o 10º lugar como principal fornecedor para a Ucrânia e o 20° para a Rússia, exportando produtos básicos de consumo, principalmente os semiduráveis, como calçados, e não duráveis, como frutas. A variação anual foi de – 51% nas exportações e de 43% nas importações, quando comparadas as pautas de 2021 em relação a 2020.

Karina Frota destaca repercussões em custos, preços e mercados financeiros

De acordo com a gerente do CIN, os impactos devem atingir vários setores produtivos. “Sabemos que, em se tratando de preços de energia, as exportações russas de petróleo e gás podem cair por conta das sanções e que as duas nações juntas representam quase 30% das vendas mundiais externas de trigo. Além do peso da Rússia nos embarques de metais industriais, o que repercute nos custos, preços e nos mercados financeiros”, afirma Karina Frota.

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