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Exportações de rochas ornamentais do Ceará têm expansão de 50,3% em 2021

Por Marcelo - Última Atualização 14 de janeiro de 2022

O volume das exportações cearenses de rochas ornamentais registrou um aumento de 50,3% no ano passado – frente a 2020, quando houve expansão de 16,9% -, atingindo um faturamento de US$ 37,7 milhões (FOB). Os dados são do estudo Setorial em Comex – Anual 2021 de Rochas Ornamentais, divulgado pelo Centro Internacional de Negócios (CIN), da FIEC.

Rochas ornamentais cearenses são exportadas para vários países                     Foto: Divulgação

Com o mercado em ascensão, os produtos mais exportados pelo Ceará foram quartzitos, mesmo desbastados ou simplesmente cortados a serra ou por outro meio, em blocos ou placas de forma quadrada ou retangular (59%) e granitos, simplesmente talhados ou serrados, de superfície plana ou lisa (8,1%).

“O crescimento de nossas exportações vêm de maneira consistente e deve ser ampliado este ano, pois há novos investimentos chegando ao Estado. Infelizmente, ainda existe uma burocracia muito grande, que acaba gerando um tempo maior para que esses investimentos se transformem em novas oportunidades”, afirmou Carlos Rubens, presidente do Simagran-CE.

Ele destacou que se não tivesse havido falta de navios e contêineres no ano passado, esse resultado teria sido ainda maior. Tanto que no próximo dia 26, chega um gigantesco navio cargueiro ao Porto do Pecém, que vai realizar o maior embarque de rochas ornamentais da história do Ceará, de 15 mil toneladas. Vale lembrar que os embarques médios são de sete a oito mil toneladas.

Carlos Rubens acredita num cenário de expansão do setor de rochas no Ceará

“Esse crescimento dos embarques têm consistência, não é uma questão episódica e com toda certeza este ano deveremos bater um novo recorde de exportações de rochas ornamentais, mas ainda precisamos analisar como vai ficar a questão dos fretes internacionais, que subiram muito”, ressaltou Carlos Rubens.

Os municípios que mais exportaram foram Caucaia (US$ 11,83 milhões), Santa Quitéria (US$ 3,56 milhões) e Uruoca (US$ 2,23 milhões). Ainda de acordo com o estudo, os três maiores consumidores das rochas cearenses em 2021 foram Itália, Estados Unidos e China. O mercado americano demanda prioritariamente rochas manufaturadas. Já o mercado chinês e italiano têm tido preferência por rochas brutas.

As condições favoráveis para o desenvolvimento da indústria de rochas ornamentais tornaram o Ceará um grande representante nas exportações, em nível nacional. Dentre os fatores, estão: a caracterização tecnológica das rochas encontradas em nosso território; a diversidade de rochas; a disponibilidade de reservas minerais; a infraestrutura adequada; a localização privilegiada do Estado, que o torna a fronteira mais importante de quartzitos de cor clara e com uma das melhores logísticas de fretes marítimos internacionais.

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