IMPACTOS NEGATIVOS

Fim do Perse pode gerar desemprego em grande escala dentro do setor de eventos

Por Marcelo - Em 29/01/2024 às 11:08 AM

A MP 1.202 de 2023 do Governo Federal, que ordena novas medidas econômicas para esse ano, pode causar uma reviravolta e para pior. O setor de eventos seria intensamente atingido com desemprego em inúmeros segmentos e serviços, já que entre as determinações previstas, consta a revogação dos benefícios fiscais instituídos pelo Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse). E isso chamou a atenção da presidente da ABEOC Brasil, Enid Câmara, que faz um alerta.

Enid Câmara destaca a relevância do setor de eventos para o PIB

Dados do IBGE e do Ministério da Previdência e do Trabalho de 2023 revelam que os setores de eventos, entretenimento e turismo são os maiores geradores de empregos no País. Isso confirmou estatísticas de 2019 quando o setor de eventos foi responsável pela fatia de 4,75% do Produto Interno Bruto Brasileiro (PIB) e movimentava cerca de R$ 1 trilhão em toda a cadeia. Com a pandemia houve uma quebra no crescimento e 98% das empresas foram atingidas.

Para a presidente da ABEOC Brasil, com o possível fim do Perse, a atividade econômica que levou mais de seis décadas para chegar ao seu apogeu e que por uma catástrofe de saúde, foi destruída em dois anos, seria novamente abalada, gerando desemprego em cadeia. “Não podemos esquecer a transversalidade do mercado e sua responsabilidade sobre a economia brasileira, pois seriam afetados setores da indústria, transporte, serviços e outros, que andam lado a lado aos eventos de todos os tipos e tamanhos”, afirma Enid Câmara.

ABEOC Brasil

A Associação Brasileira de Empresas de Eventos completou 47 anos no último dia 15. É considerada a mais longeva entidade representativa do setor de eventos corporativos no País, com atuação em 13 estados e associados em todo território nacional. Foi atuante na aprovação do Perse, além de outras medidas e legislações crucias para a sustentação do setor, formado em sua maioria por pequenas e médias empresas, durante a pandemia.

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