Ensino e inovação
Google lança ferramentas de IA para aprendizado de idiomas
Por Anchieta Dantas Jr. - Em 06/05/2025 às 6:00 AM

Little Language Lessons Foto: Reprodução/Google
O Google lançou, esta semana, uma nova coleção de ferramentas de inteligência artificial (IA) com foco no ensino de idiomas. Nomeada “Little Language Lessons”, a iniciativa usa o modelo Gemini para oferecer uma abordagem personalizada, adaptando-se ao contexto do aluno e criando uma experiência mais natural e interativa no aprendizado de línguas.
Aaron Wade, tecnólogo criativo da gigante de tecnologia, destacou o diferencial dessas ferramentas. “Ao contrário dos métodos tradicionais, a IA é capaz de se ajustar ao contexto e ao ritmo do aluno, oferecendo uma experiência de aprendizado mais fluida e personalizada”, afirmou em post no blog da empresa.
A coleção, que ainda está em fase experimental, apresenta três experiências distintas, cada uma explorando diferentes maneiras de integrar a IA ao ensino de idiomas no cotidiano.
Experiências personalizadas
A primeira ferramenta, Tiny Lesson, permite que o usuário descreva uma situação específica, como “pedir informações” ou “encontrar um passaporte perdido”. A partir disso, o sistema gera vocabulário e frases úteis, além de oferecer dicas gramaticais adaptadas ao contexto apresentado.
O segundo experimento, Slang Hang, foca em gírias e expressões autênticas. Ao simular diálogos entre falantes nativos, o usuário pode acompanhar a conversa em tempo real, aprendendo novas expressões e decodificando termos desconhecidos à medida que surgem. Wade destaca o elemento narrativo emergente: “Cada cena é única, com diálogos que podem variar de um vendedor ambulante a dois amigos se reencontrando inesperadamente.”
Por fim, a Word Cam transforma a câmera do celular em uma ferramenta de vocabulário instantâneo. Basta tirar uma foto de um objeto, e o sistema identificará e rotulará o item no idioma de destino, além de sugerir palavras adicionais para descrevê-lo.
Desafios e potencial da IA no ensino de idiomas
Embora inovadoras, as ferramentas não são perfeitas. Wade alertou sobre a possibilidade de erros de precisão, como a invenção de expressões ou o uso incorreto de gírias. “É importante fazer referências cruzadas com fontes confiáveis”, afirmou. Além disso, a conversão de texto em fala, incorporada em todos os experimentos, ainda apresenta limitações em relação aos sotaques regionais e dialetos menos comuns.
Disponíveis no Google Labs, as ferramentas são compatíveis com diversos idiomas, incluindo árabe, chinês, francês, português, russo, espanhol e outros. A iniciativa busca transformar o aprendizado de idiomas em uma experiência mais dinâmica e acessível, alinhada com as tendências atuais de personalização no ensino.
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