ESTÍMULO À ATIVIDADE ECONÔMICA

Guedes diz que Governo quer reduzir 25% do IPI para reindustrializar o Brasil

Por Marcelo - Em 22/02/2022 às 12:55 PM

O Governo Federal estuda reduzir em até 25% a alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), tributo federal que incide sobre os artigos nacionais ou importados à venda no Brasil. Segundo o ministro da Economia, Paulo Guedes, a intenção é estimular a atividade econômica, diminuindo custos que o setor produtivo acaba por repassar ao consumidor final.

Jair Bolsonaro e Paulo Guedes pretendem reindustrializar o Brasil                  Foto: Divulgação

Ele participou nesta terça-feira (22), em São Paulo, de evento promovido pelo banco BTG Pactual. “Vamos reindustrializar o País. Estamos preparando um movimento com o apoio do presidente da Câmara, Arthur Lira; do ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira e, principalmente, do presidente Jair Bolsonaro”, acrescentou o ministro, ao voltar a defender a importância da redução dos impostos cobrados no Brasil.

“Veja que a agricultura está voando porque ela não tem o imposto sobre produto agrícola. Agora, a indústria brasileira está sofrendo, nas últimas três, quatro décadas, com impostos altos, juros altos e encargos trabalhistas excessivos. Temos que atacar essas três questões, e vamos fazer um primeiro movimento agora, reduzindo 25% do IPI. É um movimento de reindustrialização do Brasil”, declarou.

“Já que a arrecadação subiu fortemente, temos esses recursos que íamos investir na Reforma Tributária que empacou no Senado, o Poder Executivo pode dizer que o excesso de arrecadação não é para inchar a máquina pública de novo e que preferimos transferir este ganho de arrecadação na forma de redução de impostos para milhões de brasileiros, para todo mundo”, justificou o Guedes, garantindo que a medida vai ser encaminhada junto com outras propostas do governo.

Sobre o FGTS

Ainda durante o evento, Guedes voltou a defender a possibilidade de trabalhadores endividados sacarem parte dos seus recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) para saldar compromissos. Segundo o ministro, a medida é uma que o governo deve propor até o fim do ano, para ajudar a economia a crescer. “Podemos mobilizar recursos do FGTS porque são fundos privados; pessoas que têm recursos lá e que estão passando dificuldades. Às vezes, o cara está devendo dinheiro no banco e é credor no fundo, mas não pode sacar e liquidar sua dívida”, explicou.

O ministro da Economia também defendeu que parte dos recursos financeiros obtidos com a venda de empresas estatais e concessões de serviços públicos passe a ser destinada a mecanismos de combate à desigualdade, como o Fundo de Combate e Erradicação da Pobreza. Para ele, a medida contribuiria para fortalecer o apoio popular às privatizações, servindo como um “incentivo para a classe política acelerar as privatizações”.

“Hoje, a privatização vira redução de dívida, o que é um mecanismo muito indireto. É preciso explicar ao político que a privatização pode baratear a rolagem da dívida pública, fazendo com que sobre um pouco mais de recursos para a saúde e a educação no orçamento do ano seguinte. Isto é muito indireto. Mas, se ao vendermos uma estatal pegarmos 20% ou 30% da redução de dívida e destinarmos ao Fundo de Erradicação da Pobreza, é uma transferência de riqueza”, opinou. “Quem sabe não vai haver o aumento de apoio popular às privatizações”, completou Paulo Guedes. (Agência Brasil)

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