Economia

Ibovespa fecha em queda pressionado por PEC da transição e bolsas de Nova York

Por Viviane Ferreira - Em 05/12/2022 às 10:23 PM

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O Ibovespa foi impactado por incertezas domésticas, em torno da PEC da Transição e da formação da equipe econômica, e externas, na medida em que investidores voltam a temer juros mais altos por mais tempo nos EUA, e teve recuo firme nesta segunda-feira.

A sessão teve liquidez comprometida por conta da vitória de 4 a 1 do Brasil contra a Coreia do Sul, válida pelas oitavas de final da Copa do Mundo do Catar.

Após ajustes, o referencial local registrou queda de 2,25%, aos 109.401 pontos. Na mínima intradiária, tocou os 109.270 pontos, e, na máxima, os 112.150 pontos. O volume financeiro negociado na sessão foi de R$ 18,35 bilhões no Ibovespa e R$ 22,20 bilhões na B3. Em Nova York, o S&P 500 recuou 1,79%, aos 3.998 pontos, o Dow Jones ficou apresentou recuo de 1,40%, aos 33.947 pontos, e o Nasdaq oscilou negativamente em 1,93%, aos 11.239 pontos.

Localmente, o mercado seguiu atento à tramitação da PEC da transição no Senado. Nesta tarde, o senador Alexandre Silveira (PSD-MG) foi oficializado o relator da matéria. A previsão é de que a PEC seja votada na quarta-feira no plenário do Senado. Até lá, os agentes financeiros devem ficar bastante atentos ao texto final da PEC da transição, em especial em relação ao tamanho da proposta e ao prazo para os gastos sociais ficarem fora do teto.

Investidores analisam, adicionalmente, rumores sobre a formação da equipe econômica, conforme o nome de Fernando Haddad (PT) segue ganhando força para assumir o Ministério da Fazenda. “O mercado segue aguardando definições sobre a PEC, que pode passar por um enxugamento, e sobre os nomes que formarão a equipe econômica. O nome de Haddad segue mal visto por agentes”, diz Gustavo Cruz estrategista da RB Investimentos.

Na quarta-feira, o Copom também define as taxas de juros no país. A incerteza em torno das contas públicas já leva parte dos agentes financeiros a colocar em dúvida que um ciclo de afrouxamento monetário terá início no próximo ano, enquanto outra parcela do mercado adota um viés de alta para a taxa básica de juros em 2023. Assim, os papéis ligados à economia local e sensíveis à curva de juros lideraram as quedas no pregão de hoje. Positivo ON -11,5%, Totvs ON cedeu 8,01%, EcoRodovias ON recuou 7,41% e EZTec ON perdeu 7,3%.

Lá fora, o forte desempenho da economia americana continua a apontar para um ambiente de juros mais altos nos EUA. O desempenho robusto da atividade do setor de serviços nos EUA, que contrariou o mercado ao exibir aceleração em novembro, deu apoio a uma nova rodada de valorização do dólar e queda dos mercados acionários. Nessa linha, as únicas alta do índice vieram de empresas exportadoras com receita em dólar: Klabin units subiu 2,22%, Suzano ON ganhou 2,2% e Usiminas PNA avançou 1,07%.

Fonte: Valor Econômico

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