INVESTIMENTOS
JPMorgan eleva classificação das ações da Petrobras
Por Redação - Em 25/09/2024 às 11:27 AM
O JPMorgan anunciou uma revisão em suas projeções para o petróleo e as ações relacionadas, adotando uma abordagem mais cautelosa em relação aos preços da commodity, mas mantendo uma perspectiva otimista para o setor de petróleo e gás. O banco elevou a classificação das ações da Petrobras (PETR3; PETR4) de neutra para overweight, ressaltando o baixo custo de produção da empresa e seu forte fluxo de caixa livre.
Para os papéis ordinários da Petrobras, o preço-alvo foi ajustado de R$ 43, que era esperado para dezembro de 2024, para R$ 49 em dezembro de 2025, implicando um potencial de valorização de 21% em relação ao fechamento mais recente. Já os ADRs PBR passaram a ter um preço-alvo de US$ 19, uma elevação em relação aos US$ 16,50, resultando em uma expectativa de alta de 28%.
Os papéis preferenciais também tiveram suas metas revisadas, com o preço-alvo subindo de R$ 40,50 para R$ 46,50 para PETR4, o que representa um potencial de 26%. Para os ADRs PBR-A, o novo preço-alvo é de US$ 18, ante US$ 15,50, oferecendo um potencial de crescimento de 33%.
O banco também destacou a PRIO (PRIO3) e a empresa argentina Vista como as principais escolhas em sua análise do setor na América Latina. A PRIO recebeu uma recomendação overweight e um novo preço-alvo de R$ 62, o que implica uma valorização esperada de 33%. Os analistas do JPMorgan consideram a PRIO uma opção atraente em termos de risco e retorno, sustentada por um histórico sólido e pelos planos de desenvolvimento nos campos de Wahoo e Albacora Leste.
Em contraste, a recomendação para a colombiana Ecopetrol foi rebaixada de neutra para underweight, devido a problemas operacionais e diminuição das margens que têm afetado as previsões do banco.
Quanto à Petrobras, os analistas do JPMorgan observam que, mesmo em um cenário mais conservador, a estatal se mantém como uma produtora de baixo custo, resultando em rendimentos sólidos de fluxo de caixa livre (FCF). Apesar de preocupações sobre possíveis mudanças estratégicas que poderiam afetar o FCF no futuro, o banco acredita que a empresa continuará a gerar rendimentos atrativos, mesmo com preços de petróleo mais baixos.
Os analistas também destacam que a nova administração da Petrobras tem seguido as políticas de preços e dividendos, e há expectativas de que os dividendos reais possam superar as mínimas previstas, possivelmente alinhando-se com os rendimentos de FCF da empresa.
Adicionalmente, o JPMorgan recomenda overweight para a Brava Energia (BRAV3), com um preço-alvo de R$ 42, e para a PetroReconcavo (RECV3), com meta de R$ 28. A Brava é vista como a empresa mais diversificada entre as juniores, enquanto a PetroReconcavo é elogiada pela sua robusta geração de fluxo de caixa a um valor atrativo.
Essas atualizações refletem a confiança do JPMorgan no potencial do setor de petróleo e gás, mesmo diante de um cenário de preços mais moderado, indicando oportunidades significativas para investidores interessados nesse segmento.